Genericamente, é uma áudio-novela e respetiva banda-sonora. Ou, por outras palavras, a mais recente loucura de David Bruno. E já...
100 PALAVRAS & MAIS ALGUMAS|Worten Sempre?
Rui DinisÉ surreal o que se tem passado com o concurso Rock Rendez Worten [*]. Ou talvez não, dirão outros também com razão. O facto é que algum dia tinha de acontecer, pelo menos com esta dimensão. Esta ideia que algumas empresas – geralmente grandes – têm de que podem chegar a um meio e impor-se como querem, geralmente onde outros já estão à mais tempo com regras claras e bem definidas – principalmente morais, só pode ser mais um exemplo do chico-espertismo que grassa em alguns núcleos por este país. Esta ideia de que bastaria fazer um concurso, promover uns concertos e lançar umas compilações, para usar e abusar do trabalho criativo dos outros, é algo que já não cola sempre e só envergonha quem a imagina. Primeiro porque demonstra uma arrogância inaceitável – desprezo? – e depois porque trata os artistas como idiotas, vergados ao sonho de um futuro cheio de músicas nas telenovelas – mesmo que pão não exista para encher a barriga. A confusão que se arranjou com os contratos apresentados à posteriori aos vencedores do Rock Rendez Worten é algo de verdadeiramente incrível. Mas ainda bem que aconteceu. Pode ser que daqui em diante abram os olhos e tratem quem está no meio com a consideração que merece. Em última instância, que não se voltem a meter nestas alhadas.
É natural que existam contrapartidas por parte das bandas neste tipo de concursos, importante é que sejam contrapartidas justas e moralmente aceitáveis; cedências de direitos à lá gardére, NÃO!