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CURTAS|Francisco Q

Rui DinisRui Dinis
O nome é fictício, o resto é todo ele bem real. Sediado em Paris,  onde coordena as actividades da netlabel OFF/BRUMA – mas não só, Francisco Q tem também muita música para oferecer. É ele o convidado de hoje das ‘curtas’:

Francisco Q | 36 anos | Paris
Música: Ian Linter, Juca Pimentel, Airf’Auga (1990), OLoF NiNe (1994), RTP (2000), ZVoid (Trash is my heart) (2004), ACT9 (2005), Plasma (2008), IS KYA (2008), Massacre Divino (2008), Abnot Kraz (com Joséphine Muller, 2008), La Main Traumatique (com Joséphine Muller, 2008).
Edição/produção/transmissão: produções Ganza (auto-produção anfíbia), OFF/BRUMA (netlabel), A Stranger Paradise (associação), Strange Frequencies Channel (rádio online)

01. Um músico de referência:
Haverá uma meia dúzia de músicos nacionais que poderei dizer “de referência”, e escolhendo um aponto o Bernardo Devlin.

02. Um grupo ou projecto de eleição:
Pop Dell’Arte, sem dúvida. O anti-grupo mais consistente (e, sorrisos, um dos mais qualitativamente duradouros, mesmo com os silêncios à Cage) do panorama sonoro português. O facto de Pop Dell’Arte nunca se limitar a um estilo ou técnica criativa levou o “conceito” a percorrer uma gama sonora extensíssima e até a implodir alguns extremos.

03. Um disco fundamental:
O “Free Pop”, mas diria toda a discografia dos Pop Dell’Arte. Há mais coisas, evidentemente.

04. Uma canção ou tema inesquecível:
“Bladin”, dos Pop Dell’Arte, versão Rock Rendez-Vous. Ainda hoje considero a maior descoberta que alguém que nunca ouviu pode ter.

05. O disco que ultimamente mais o surpreendeu:
“Kryptonite for Dreamers” de Dekrypton Joel, editado pela Electro Rucini.

06. O último disco que comprou: Quando?
A edição em CD do “Free-Terminator”, dos Santa Maria, Gasolina em teu ventre!, em 2007, talvez. Não contando com uma nova cópia do “World, freehold” do Bernardo Devlin no ano passado. Só renovações, portanto.

07. O disco de 2009 que mais gostou:
Repetindo-me ainda, terei que apontar novamente o Bernardo Devlin e o seu “Ágio”, saído mesmo no final do ano passado. Do pouco que terei ouvido a nível nacional nos últimos meses parece-me sem dúvida o álbum com o patamar de qualidade e de interesse mais altos. Como é hábito.

08 O disco que mais o desiludiu:
A desilusão é proporcional à ilusão…

09. A última boa descoberta:
Sem dúvida o universo Alrucini.

10. O último concerto que assistiu ao vivo? Quando?
Como simples público e a nível nacional Curia, e David Maranha em duo, nos Instants Chavirés, Paris, em Dezembro de 2007.

11. O artista ou banda mais importante para a história da música moderna em Portugal?
Até hoje, Jorge Lima Barreto e Anarband. Um registo tremendamente destilador de uma qualquer modernidade nacional. A partir dele, e sendo tão antigo, podem-se medir os bocejos de então até aos nossos dias nisto da chamada música moderna e de ruptura feita por portugueses.

12. Um disco que se aconselha; livre e gratuito:
O próximo disco de La Main Traumatique…

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foto de Francisco Q

Rui Dinis
Author

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.