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No Verão com Os Lábios

Rui DinisRui Dinis

Entre o Verão e a rentrée e com o novo “Morde-me a Alma” (ArtHouse, 2011) como motivo, espaço ainda para as respostas d’Os Lábios; o baixista Eurico Silvestre foi o porta-voz.

Porquê e como nasceu o nome Os Lábios?
O nome os lábios surgiu da intenção de puxar o spotlight para a front woman que, no ínicio dos ínicios era tímida e se “escondia” um pouco e que aos poucos foi tomando conta do palco, com a voz e a atitude. Até ao ponto de acender o rastilho para esta metamorfose. O nome vem daí, da ideia de reforçar o aspecto feminino do grupo e brincar um pouco com nós próprios, como a San impondo aos rapazes um nome que remete a um universo feminino. No fundo foi uma brincadeira.

O que move Os Lábios?
A música, ou o amor por ela. Por criar canções e, especialmente, por levá-las para o palco e tocá-las ao vivo, que é o que gostamos mais de fazer e onde entendemos que as coisas que fazemos soam melhor.

Um adjectivo que vos caracterize como banda?
Garrido!

Numa frase apenas, como caracterizam o novo disco?
Mais denso do que aparenta à primeira impressão.

Se tivessem de escolher a faixa que melhor encarna o ‘espírito’ d’Os Lábios, qual escolheriam? E porquê?
Fado arcado porque foi a faixa que nos fez questionar a direcção que estávamos a tomar. Quando terminámos de compor o fado arcado, e também o coisa bem, percebemos que poderíamos ser mais produtivos a fazer música para cantar em português.

Apontem duas razões para ouvir – quiçá comprar – o vosso novo disco?
Sem desprimor para o resto, dois duetos e um fado arcado.

Querem propor um disco da música portuguesa que vos tenha agradado nos últimos tempos – o vosso não vale?
Casa Ocupada, de Linda Martini.

Para Os Lábios a Internet é…
Uma revolução constante e permanente que nos obriga a ser ainda mais rápidos na adaptação ao meio e ao mesmo tempo um mundo de oportunidades para qualquer produtor de conteúdos.

Há quem insista que o rock morreu. Morreu ou não?

Se falarmos do rock clássico talvez possamos considerar a possibilidade de isso vir a acontecer. Mas acho que o rock é muito mais que o rock clássico.
Se falarmos de música tocada com baterias acústicas e guitarras e tudo o que se pode fazer com elas, misturadas com outras coisas, mais antigas ou mais modernas, não morreu de forma alguma.

Como vão ser os próximos meses para os Os Lábios?
Esperamos que ocupados. Entre concertos, filmagens de vídeos e uns bocadinhos para ir alinhavando um próximo grupo de canções.

Ouvir Os Lábios

foto de Os Lábios
“Morde-me a alma” – Os Lábios (ArtHouse, 2011)

| POP |
www.oslabios.com
www.arthouse.pt

Rui Dinis
Author

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.