Se há dias deixei por aqui o documento completo – prólogo incluído, hoje inicio a sua publicação por partes. Vão ser vários dias a falar de música, net e blogs:
I PONTO DE PARTIDA
Estar
Hoje, parece quase consensual a opinião positiva sobre os benefícios da presença de músicos e bandas na Internet. Ao contrário do que acontece com os meios de comunicação social tradicionais – TV, rádio e imprensa escrita em papel, na Internet são os próprios músicos que em parte controlam os fluxos informativos. O fluxo é célere, é relativamente barato e tem uma abrangência alargada, transnacional. Em resumo, é estar e ponto final; ou ponto e vírgula.
Estar muito
São muitos os espaços disponíveis para artistas e bandas marcarem presença online. E não são apenas espaços que nos facilitam a presença, muitos deles, são espaços facilitadores da comunicação, promoção e do negócio. São espaços como o Palco Principal, o MySpace, o BandCamp, o ReverbNation ou o Last.fm, só para citar alguns; mas são também as redes sociais genéricas como o Facebook e o Twitter. São espaços que oferecem aos músicos um conjunto de ferramentas gratuitas e capazes de facilitar em grande medida a sua actividade profissional (Cfr. http://a-trompa.net/tools). É usar e abusar, no entanto, é importante cada músico ou banda ter consciência das suas capacidades e limitações, sendo claramente preferível ter três espaços online actualizados do que ter 10 ao Deus dará. É preciso saber estar.
Saber estar
Para se estar de corpo e alma na Internet é preciso conhecer as suas directrizes, movimentar-se no meio conforme as suas regras. Na verdade, as virtualidades da Internet são tantas como os seus perigos, transformando-se com relativa facilidade numa ameaça, aquilo que à partida parecia ser uma potencialidade. Estando presente, é preciso saber estar, é preciso estar perto, acompanhar, dar vida à nossa presença. Para estar por estar, mais vale mesmo não estar.