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Online com a Rastilho Records

Rui DinisRui Dinis

A terceira etapa desta segunda edição da rubrica Editoras Online vai levar-nos até Leiria. São as palavras de Pedro Vindeirinho, o fundador da Rastilho Records:

1. Desde quando existe a Rastilho? e como surgiu a ideia de a criar?
A Rastilho, enquanto distribuidora, surgiu em Maio de 1996 – fazemos, portanto, quinze anos em 2011. A editora surgiu em 1999 e o nosso primeiro lançamento foi o CD “Walls Of Shame” dos Intervenzione.
Comecei muito cedo a coleccionar discos e a comprar via postal muitos discos. A ideia surgiu em 1996 quando decidi fazer um pequeno catálogo em papel com diverso material Punk editado em Portugal nos anos 90.

2. Em que géneros musicais se movimenta especialmente a Rastilho?
Digo diversas vezes que só existem para mim dois estilos de música: a boa e a má. Nunca pretendi que a Rastilho ficasse “presa” num género especifico em Portugal. Tens alguns exemplos recentes de editoras que se dedicaram a um género específico e os resultados não foram os melhores. Respondendo directamente, editamos Rock, Indie, Metal, Punk e Hardcore, essencialmente estas áreas.

3. Que balanço fazem do ano de 2010 em termos editoriais?
Foi razoável. Lançámos (em CD e/ou Vinil) os albuns de The Poppers “Up With Lust”, Mazgani “Song from Distance”, Mão Morta “Pesadelo em Peluche”, Nu Soul Family “Never too late to Dance”, Pedro Abrunhosa “Longe”, Mindlock “Enemy of Silence”, Legendary Tigerman “Masquerade”, Expensive Soul “O Amor é Mágico”, Peixe Avião “Madrugada”, Linda Martini “Casa Ocupada” e Devil In Me “The End”.

4. Tem sido de alguma forma importante a presença online da editora? Porquê?
Nos dias de hoje, é indispensável. As vendas nas Lojas estão a cair e nota-se um crescente aumento das vendas online. Renovámos em Setembro de 2010 a nossa Loja online Rastilho.Com, sendo actualmente uma das cinco Lojas online mais visitadas para quem pretende efectuar compras de música ou roupa, em Portugal.

5. De uma forma mais geral, como olhas para o panorama editorial nacional?
Vivemos um fase confusa…. Por um lado, a nova vaga da música cantada em português veio baralhar por completo a aposta das rádios nacionais na música portuguesa – sou bastante crítico desta “nova vaga” pois algumas bandas são realmente de qualidade duvidosa…. Infelizmente, a aposta em novas bandas nacionais é reduzida face à crise que a indústria atravesse neste momento. Mas temos boas editoras independentes a editar música a um ritmo constante (Rastilho, Raging Planet, Compact, Enchufada, etc) e editoras Majors que, apesar da crise, continuam a apostar na música portuguesa (Valentim Carvalho, I Play, Universal, Sony). Por outro lado, vemos cada vez mais edições de autor e bandas a querer controlar com os seus próprios meios a música que fazem e editam – é de registar e louvar esta atitude.

6. Quais as expectativas para os próximos meses; para o ano de 2011 – novidades?
Vamos ter bons lançamentos nos próximos meses. Começámos o ano de 2011 com a reedição em Vinil de “The End” dos Devil In Me. Teremos o novo album dos WAKO “The Road of Awareness”, The Allstar Project “Into The Ivory Coast, Utter “Into The Light”, Switchtense “Switchtense”, Echidna (segundo album, ainda sem título). Mas teremos mais algumas surpresas e edições em vinil.

Catálogo:
Trinta e Um, Mata Ratos, Aside, The Starvan, Assacínicos, BlackSunrise, The Parkinsons, If Lucy Fell, Blood Safari, The Legendary Tigerman, Xutos & Pontapés, X-Wife, David Fonseca, Pedro Abrunhosa, Expensive Soul, Mão Morta, Nu Soul Family, Dapunksportif, Born a Lion, The Allstar Proect, Jorge Palma, WrayGunn, Dead Combo, Green Machine, Linda Martini, The Other Side, Monomonkey, Echidna, peixe : avião, Switchtense, One Hundred Steps, Old Jerusalem, Mazgani, The Spitful, Simbiose, Revlution Within, Mindlock, Devil in Me, etc.

Contactos:
Apartado 764
EC Marrazes – 2416-905 Leiria
(+351) 96 507 84 82 | (+351) 91 874 88 40
rastilhorecords@sapo.pt

logótipo Rastilho Records

www.rastilho.com
www.rastilhorecords.com

Rui Dinis
Author

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.