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EM DIRECTO|Com Urban Tales

Rui DinisRui Dinis

Ainda com o recente e excelente “Diary of a No” como motivo, os Urban Tales responderam a algumas perguntas d’a trompa:

a_trompa: Quem são os Urban Tales? de onde vêm e para onde vão?
Marcos – Os Urban Tales são um grupo de pessoas que se quer fazer ouvir pela música. Desta maneira contar histórias e transmitir uma mensagem.
Tiago (para onde vão) – Os Urban Tales irão sempre para e até onde nos deixarem ir. Temos como objectivo chegar a todos, passar a nossa mensagem, os nossos sentimentos, as nossas canções.

a_trompa: Numa frase apenas, como caracterizam o som da banda?
Tiago – Sentimentalmente pesado e melódico ao mesmo tempo…
Jota – Intenso, envolvente, poderoso.
Marcos – Não consigo, sinceramente não. Eu pessoalmente criei uma denominação estranha – Rock Metal depressivo…Ou será que já inventaram isto também??? Bem ao fim e ao cabo, já tudo foi inventado por isso, é só mais um nome. Mas a música dos Urban Tales não é para pessoas que se encontrem num estado de espírito bom…Feliz…São demasiado depressivas para isso.

a_trompa: A vossa maqueta de 2006 foi recebida de uma forma bastante positiva; foi para vocês uma surpresa tal nível de aceitação?
Marcos – Foi surpresa ver que pessoas tão grandes no meio da música a nível internacional tenham tomado atenção aos Urban Tales e de forma muito positiva. Agora, achava, senão tinha a certeza, que a demo era algo de bom e que podia dar frutos. Confiava plenamente naquelas músicas, assim como sempre, mas sempre confiei nas novas que iriam para o álbum… A prova agora está diante de todos…

a_trompa: Mais recentemente, têm recebido críticas extremamente positivas ao novo álbum “Diary of a No”; que principais razões encontram para tal resposta?
Marcos – A única razão e se calhar, a mais importante, é o facto das músicas serem boas. Sem isso, podes enganar muita gente, mas não público. O nosso álbum está a vender bastante bem e mais que isso a critica está certa de que é um dos trabalhos de 2007 com maior valor… Podíamos ter umas carinhas bonitas, mas se as músicas não fossem boas, o álbum não estaria a ter a força que tem na Europa e mesmo em Portugal onde cada vez mais o nosso leque de fãs cresce.
Jota – Em relação à maquete, o que mais surpreendeu foi a amplitude obtida, o facto de ter chegado a tanta gente com níveis de aceitação tão positivos! Relativamente ao álbum, as críticas positivas são o coroar de longos e árduos meses de trabalho, a limar todas as arestas possíveis e imaginárias a todos os níveis..acreditamos a 150% naquele conjunto de temas e é muito bom ver que o público e a critica reconhecem valor ao nosso trabalho! É extremamente gratificante! Estamos felizes:)
Tiago – Sinceramente o álbum fala por si só. É um trabalho extremamente bem conseguido a todos os níveis, musicalmente, esteticamente, ao nível da produção e até da embalagem e conteúdos oferecidos (DVD). O desafio aqui é mesmo conseguir dá-lo a conhecer a toda a gente. Assim que chega às pessoas, o resto acontece naturalmente.

a_trompa: O que esperam que as pessoas retirem da audição do álbum “Diary of a No”?
Marcos – Que se vejam em algumas histórias. Que tirem partido do que lhes é contado em cada música e que saibam que por mais baixo que um dia possamos estar, há que acreditar pois tudo dá uma volta incrível. Para muitos eu sou a prova disso. Mais que tudo, este álbum, apesar de negro e com uma carga dramática enorme, é um trabalho que pretende reflectir esperança.
Tiago– Prazer, acima de tudo que sintam prazer em ouvir algo que foi feito como muita dedicação e muito empenho, algo que contem um pouco de cada um de nós e que reflecte uma realidade, um dia a dia muitas vezes semelhante ao das pessoas que nos ouvem e que connosco se identificam.

a_trompa: Para quem não vos conhece, que sensações se podem esperar dos concertos de Urban Tales?
Marcos – Os concertos da banda têm de ser (se nos deixarem), o culminar de quem ouviu o álbum. Quero, e digo-o com toda a franqueza, que quem um dia vá a um concerto dos Urban Tales saia do mesmo com algo mais. E se pagaram para isso, mais responsabilidades a banda sente nisso. Os nossos concertos tendem a ser algo onde o sentimento e o ambiente intimista são dominantes. Pelo menos espero que esta seja a meta a alcançar, uma coisa tenho a certeza, quem já viu os UT ao vivo sabe que a banda procura algo mais… Não somos os Pink Floyd (infelizmente), mas com os nossos meios lá tentamos surpreender os espectadores.
Jota – Somos ambiciosos…tentamos, sempre que possível, aliar uma componente cénica à nossa música..é uma questão de estimulo sensorial, despertar os sentidos, oferecer algo mais aos fãs…para alem disso gostamos muito de tocar ao vivo, de rockar, entrar em comunhão com pessoal que gosta da nossa música e nos vai ver…junta as duas coisas e multiplica por 10…temos ai um concerto de Urban Tales!Mas mesmo assim acho que estas palavras não descrevem totalmente o que quero dizer…o melhor é mesmo ver para crer…:)

a_trompa: Portugal é um país pequeno para um projecto como os Urban Tales?
Tiago – Portugal é o que é, é o nosso “cantinho” e isso diz tudo. Fizemos questão de editar o álbum no nosso país, contra ventos e tempestades que foram surgindo. Por estranho que pareça, é muito mais fácil lançar o álbum no MUNDO INTEIRO do que em Portugal. De resto penso que o público Português é-nos favorável, são fiéis e dedicados, ainda que em números pouco expressivos quando comparados com países como os do Norte da Europa onde o nosso tipo de som já tem um trajecto de décadas marcado, e conta por isso com um público mais numeroso.
Marcos – Não, e a Legião que se mostra a apoiar a banda é cada vez mais sinónimo disso. Acredito que Portugal possa ser o primeiro ponto de partida para irmos mais além… Se calhar é mais difícil, porque em vez de nos abrirem portas certas pessoas fecham-nas em prol do que vem de fora. Mas disso já estamos calejados e sabemos que é uma das metas a vencer e do qual, na minha opinião estamos a passar bem por cima.
Jota – Como todas as bandas temos sonhos e objectivos pelos quais lutamos, e não vamos negar que a “internacionalização” é um deles…De forma muito sincera e sem falsos moralismos, espero que Portugal seja um pais pequeno para os Urban Tales…queremos chegar a um sem número de pessoas e de culturas…isso implica reconhecer que o nosso país é apenas uma pequena porção dessa montra global na qual gostávamos de colocar a nossa música.

a_trompa: O que podemos esperar dos Urban Tales nos próximos tempos?
Tiago – Neste momento interessa-nos promover este nosso diário (diary of a no) e levá-lo ao maior número pessoas possível. Queremos crescer como banda, queremos afirmar-nos junto dos melhores e trabalhamos todos os dias para que o “diary of a no” seja apenas o primeiro de uma carreira.
Jota – Promoção!!!Do disco, “Diary of a no”, dos singles (“Farewell”, a passar nas rádios e tv)…!AH e muitos concertos, sem sombra de dúvida..Venham ver-nos ao vivo, vai valer apena…Ride on:)!
Marcos – Tudo isso e um novo álbum mais pesado e mais dramático…

som Urban Tales.

foto de Urban Tales
tipo Metal
sítio www.theurbantales.com

Rui Dinis
Author

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.