Decididamente, pois não é sequer uma grande novidade, o jazz nacional vive um período de ouro; um período de grande fulgor. Essencialmente, pela dinâmica geral, pelos discos e obviamente, pelos seus instrumentistas.  Posto isto, “Imaginário” é disso um excelente exemplo, não só por ter o autor que tem, mas por ter também todos aqueles que o acompanham em mais uma aventura: Mário Laginha e Bernardo Sassetti (piano e rhodes); Bernardo Moreira, Nelson Cascais e Demian Cabaud (contrabaixo e baixo); Alexandre Frazão e Marcos Cavaleiro (bateria); DJ Ride (pratos). Quando os nomes dizem quase tudo. Depois, e se “Cubo” (TOAP Records, 2007) já nos tinha surpreendido pela positiva, em “Imaginário”, o guitarrista André Fernandes volta a oferecer-nos uma pequena maravilha sonora; como se as notas debitadas fossem palavras capazes de transformar um qualquer instrumental em canção, veículo de intensas e realistas sensações. “Imaginário” lê-se; são palavras dedilhadas sobre um manto sonoro feito de ritmos diferentes, de cenários da vida a várias velocidades. Como os dias.
Obrigatório.

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capa de Imaginários
“Imaginários” – André Fernandes (TOAP Records, 2009)

01 Mini Trouper
02 O Ar
03 Linda Naves
04 Beijo de Gelo
05 Imaginário
06 Pillow Party
07 Caixa de Madeira

género: jazz
sítio sítio

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.

One thought on “EM SÍNTESE|”Imaginário” – André Fernandes”
  1. […] “Depois, e se “Cubo” (TOAP Records, 2007) já nos tinha surpreendido pela positiva, em “Imaginário”, o guitarrista André Fernandes volta a oferecer-nos uma pequena maravilha sonora; como se as notas debitadas fossem palavras capazes de transformar um qualquer instrumental em canção, veículo de intensas e realistas sensações.” (a trompa) […]

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