Extravagante…
…desconcertante. Esta é uma das experiências mais incríveis do actual experimentalismo nacional. Dirigida por Ernesto Rodrigues, esta orquestra de geometria bastante variável – em número, instrumentos, etc., e onde se incluem nomes tão diversos como os de César Burago, Nuno Moita, Rafael Toral, Nuno Rebelo, Sei Miguel, Fala Miriam, Eduardo Chagas, Alípio C. Neto, Eduardo Lála, António Chaparreiro e Adriana Sá, entre muitos, muitos outros, respira uma liberdade criativa única, uma liberdade que a alimenta – de outra forma nem faria sentido. Centrada no de que mais evoluído e complexo o free jazz pode hoje oferecer, este CD-Triplo, centésima edição da Creative Sources Recordings, é um enorme momento para a história da música improvisada nacional. São longas horas de pura dispersão, puro prazer; e não se pense que o caos nos ronda constantemente. Nada disso, torna-se até absorvente tentar perceber como cada músico jogo com o silêncio e o som, assumindo a sua entrada em campo. Extraordinário.
Como disse por aqui, há tempos atrás, “são as novas linguagens de um jazz quebrado pelo acústico, pelo eléctrico, pelo electrónico, por tudo“. Quebrado e bem quebrado.
Obrigatório.
“Stills” – Variable Geometry Orchestra (Creative Sources Recordings, 2007)
Jazz/Experimental
variablegeometryorchestra.wordpress.com
www.creativesourcesrec.com