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“Troubadour” – Lula Pena

Rui DinisRui Dinis

Apanhado pelo feitiço. Em cheio. Como pode o tempo passar desinteressadamente sem sentir mais vezes uma alma assim. Custa a crer que a vida e o tempo nos atraiçoem desta forma. Não é justo. Não era.
“Troubadour” é uma enorme paixão, um enorme grito revelador de uma voz e uma guitarra que de nada nos servem calados. “Troubadour” é um elogio à palavra sem fronteiras, ao cruzamento de emoções e destinos díspares. Até parece que cada acto dava um disco inteiro; um filme. É absolutamente brilhante o espírito de rapsódia que atravessa o álbum; que atravessa cada um dos actos que o compõem. É brilhante como se unificam várias canções numa só e como estas sobrevivem com toda a naturalidade ao uso das mais diversas línguas. “Troubadour” não é apenas um disco, é essencialmente um incrível exercício artístico.
Obrigado!

Ouvir Lula Pena

capa de Troubador8
“Troubadour” – Lula Pena (Mbari, 2010)

01 Acto I
02 Acto II
03 Acto III
04 Acto IV
05 Acto V
06 Acto VI
07 Acto VII

género: alternativa
www.mbarimusica.com

Rui Dinis
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Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.

Comments 4
  • tomé moreira de carvalho
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    tomé moreira de carvalho tomé moreira de carvalho

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    lula,

    ouvindo phados, recordo saudades futuras de um romancero gitano em ruínas cármicas, camélias em sorrisos…
    não havia como saber chegar minha voz a Tua…
    se saudades recordares de quem sou ou fui e lendo me aqui como assim nesta crepuscular tarde presente te ouço na minha Biskra príncipe real quando assim a tua voz chegar estarei por perto.

    um amigo gitano y lejano que de ti siempre se acuerda

    beso y gracias por tus ventanas en mis flores marchitadas.

    T.


  • Rui Dinis
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    Rui Dinis Rui Dinis

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    Exacto, o que não invalida que continue a ser muito bom. E é.


  • joão
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    joão joão

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    a selecção musical deixa muito a desejar. não se melancoliza daquela maneira a “gotinha d’água”. é quase ofensivo.
    no concerto da gulbenkian houve vibratos a mais. houve momentos em que a música, de tão intimamente interpretada, não chegava ao público.
    12 anos depois, o pouco que mudou foi para menos bom. o que não invalida que continue a ser muito bom.