Ao segundo disco, sente-se a poeira a assentar na dura terra batida; lentamente mas segura. É o grito libertário dos Gnomon.
Pela libertação da tradição. Os Gnomon encarnam este espírito pela forma livre e desprendida com que se entregam à sua arte. E não é coisa ingrata ou perdida no tempo, é sumo de fruta fresca que não esquece as raízes da árvore donde um dia se desprendeu. “Jardim de Ferro” confirma os Gnomon como um dos nomes mais interessantes da leva de novos amantes e exploradores da coisa tradicional. Livres de grilhetas estéticas, este é um jardim onde dançam sem pudor vontades de seres folk, jazz, prog ou contemporâneos; todos juntos, em comunhão, celebrando a paixão pela música.
É isto; é a celebração de uma paixão. Uma paixão celebrada pelos músicos Bruno Rodrigues (baixo eléctrico e contrabaixo), Carlos Barros (percussão e electrónica), Carlos Ribeiro (guitarra clássica, guitarra eléctrica e bandola), David Leão (flauta transversal, flautim e gaita de foles), Carla Carvalho (voz), Pedro Oliveira (bateria), Rui Ferreira (piano e acordeão) e Tiago Machado (guitarra clássica e braguesa); com as colaborações de Tocá Rufar, Dudas, Eleonor Picas, Ensemble de Gaitas de Foles do Conservatório de Vigo, José Perdigão, Hugo Correia e Artur Fernandes.
Em resumo, e se gostaram do EP de estreia, já datado de 2007, certamente não ficarão desiludidos com este “Jardim de Ferro”. Muito pelo contrário; é o disco que se esperava.
“Jardim de Ferro” – Gnomon (Edição de Autor, 2009)
01 Alvura
02 Moinho Citadino
03 Passeio dos Contentes
04 Charrua
05 Raíz Talvegue
06 Um tempo de por ti ser
07 Elástica Engrenagem
08 Paz do Gerês
09 Fogo às Cinzas
10 Verde Débil
11 Jardim de Ferro
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