Era algo que me atormentava. Que me atormentava há já algum tempo. Não que pairasse sobre este espírito qualquer tipo de obrigação, mas sim porque o mistério que vive na obra de Thermidor continua a agitar-nos. A agitar por dentro. Nem é uma novidade, a fantástica maqueta de 2006 deixava já antever o universo muito próprio de J.. Não apenas um universo sonoro, mas um argumento complexo, uma ideia imaginativa que se desenvolveu ao longo do álbum de estreia de Thermidor. “1929”, assim se chama a misteriosa missiva.
Obra marcadamente conceptual, em “1929” o dark-ambient de Thermidor ganha um sentido único, toda uma consistência e coerência que a anterior maqueta apresentava mas que não deixava ainda descobrir em toda a sua amplitude. Às palavras iniciais de Luís Pedroso, segue-se todo um universo sónico mágico, cismático, imbuído de uma espírito fantástico, onde a entrada num outro mundo parece quase sempre à distância de um toque. Um passo no espaço. Hipnotizante este mundo de J.. Adiante, um modem facilita a ligação ao tal outro mundo. Entretanto, sons e efeitos, ambientes manipulados vão-se cruzando como vagas de memórias de um dia-dia já passado. São vagas que servem apenas para lembrar que do lado de cá a vida vive-se, e que do lado de lá o mistério adensa-se. O resto, é pura invenção, diversão, construção de um argumento sonoro em redor de uma atmosfera fabulosa. Esta é uma viagem atmosférica.
Mais tranquilo, mas ainda com o discorrer negro na memória, das imagens que vão correndo o cérebro num arrepio constante, fica a ansiedade por cada capítulo que se fecha, por cada capítulo que se abre. São oito os capítulos desta aventura. E é este o estranho é singular universo de Thermidor. O universo cruzado do sonho com a realidade, da verdade com a inverdade. Um flash. Um mundo audiovisual.
Emocional, “1929” desperta os sentidos. Todos.
Obra marcadamente conceptual, em “1929” o dark-ambient de Thermidor ganha um sentido único, toda uma consistência e coerência que a anterior maqueta apresentava mas que não deixava ainda descobrir em toda a sua amplitude. Às palavras iniciais de Luís Pedroso, segue-se todo um universo sónico mágico, cismático, imbuído de uma espírito fantástico, onde a entrada num outro mundo parece quase sempre à distância de um toque. Um passo no espaço. Hipnotizante este mundo de J.. Adiante, um modem facilita a ligação ao tal outro mundo. Entretanto, sons e efeitos, ambientes manipulados vão-se cruzando como vagas de memórias de um dia-dia já passado. São vagas que servem apenas para lembrar que do lado de cá a vida vive-se, e que do lado de lá o mistério adensa-se. O resto, é pura invenção, diversão, construção de um argumento sonoro em redor de uma atmosfera fabulosa. Esta é uma viagem atmosférica.
Mais tranquilo, mas ainda com o discorrer negro na memória, das imagens que vão correndo o cérebro num arrepio constante, fica a ansiedade por cada capítulo que se fecha, por cada capítulo que se abre. São oito os capítulos desta aventura. E é este o estranho é singular universo de Thermidor. O universo cruzado do sonho com a realidade, da verdade com a inverdade. Um flash. Um mundo audiovisual.
Emocional, “1929” desperta os sentidos. Todos.
“1929” – Thermidor (Thisco, 2007) – capa truncada
01 Intro – Cítara
02 Ecclesiastes
03 Oceanus
04 Sub Levare
05 Plenum Aquae
06 Outro Ancoradouro
07 Oceanus (Empusae Remix)
08 Plenum Aquae (Flint Glass Remix)
Electrónica/Experimental
www.thermidor-project.net
[…] que envolve já de forma natural toda a obra de Thermidor. Já tinha sido assim com “1929” (Thisco, 2007), continua a sê-lo com “Poema Seis”. Talvez seja pela cuidada […]
[…] registo de Thermidor – edição limitada a 300 unidades; três anos passados sobre “1929” (Thisco, […]
[…] a versão integral. É o vídeo para “Obituarium”, tema do álbum de estreia de Thermidor, “1929” (Thisco, […]