O EP “Arder” de O Quarto Fantasma sofre de um problema terrível. Sabe a pouco como a água no deserto; muito pouco. O EP traz apenas três temas, dois originais e uma grande versão de Zeca Afonso – intenso e interminável, o prazer concedido pela audição desta “Canção de Embalar”. E no fim, sobra aquela dura sensação de sede, mesmo que o grupo disponha de uns simpáticos 18 minutos para nos oferecer três temas apenas. Pessoalmente, prefiro pensar que é apenas um aperitivo e que o melhor está ainda para vir. E para aperitivo, “Arder” não está nada mal; mesmo nada, ainda que fiquemos com a tal dura sensação de secura provocada por uns instrumentais pós-rock de dinâmicas de um psicadelismo cativante. São aquelas habituais dinâmicas centradas num entrelaçar das pausas com algum foguetório sónico. Um foguetório bem trabalhado por guitarras e bateria.
Queremos mais que a sede é muita. É a sede a que nos votou o trio lisboeta formado por A. Góis, J. Trigo e P. Diogo.
O Quarto Fantasma – “Arder” (MAR, 2011)
01 Arder
02 Rumores
03 Canção de embalar
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[…] secura de há um ano atrás, provocada pela audição compulsiva do curto mas bem prazenteiro EP “Arder”, sucede-se agora uma deliciosa sensação de quase enfartamento. Quase, porque na verdade este […]