BIORRITMO SONORO“Ao Virar a Esquina” – Os Seis Graus de Separação

Físico (força, energia e resistência)
Não é fácil encontrar razões que levem a sentir este “Ao Virar a Esquina” como um disco resistente ao presente, ao futuro. Quase sempre sombrio, tristonho, de ritmo indolente, há em todo o disco de Os Seis Graus de Separação uma força energética diria…negativa. É mau?, depende.

Emocional (energia interior e peso emocional)
Último projecto do bracarense Paulo Trindade (Rua do Gin, Baile de Baden-Baden entre outros), Os Seis Graus de Separação tem na crueza e frontalidade das letras um dos aspectos mais interessantes; sente-se aquela Portugalidade. É um disco emocional, sincero na mensagem e verdadeiro no sentimento. O fado.

Intelectual (simbolismo e criatividade)
A originalidade não é muita (também não me parece que fosse essa a intenção), mas a forma geralmente desprendida, solta como a música nos surge, a letra, a interpretação e toda a musicalidade em geral, faz deste “Ao Virar a Esquina” não um disco perfeito mas um disco despertador de alguma curiosidade. Desperta mesmo, diria que prolonga a ideia de uma certa forma de fazer música em português tipicamente minhota.

“Ao Virar a Esquina” – Os Seis Graus de Separação (2004/Cobra)

Rock
www.cobradiscos.org
Cobra: Loja

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.