Físico (força, energia e resistência)
Com o álbum de estreia aí à porta, “Bootleg” não é um disco físico, musculado (nem o electrificado EP de 2003 o era). Gravado ao vivo em Outubro de 2004 num showcase acústico no Fórum fnac do Santa Catarina, no Porto, “Bootleg” é, por isso mesmo, um disco marcado mais pela densidade – naturalmente – acústica das composições do que pela sua capacidade de explosão – também não é essa a intenção; assim parece.

Emocional (energia interior e peso emocional)
Juntos desde 2001. O acorde inicial viciante de “Mary Hold On” (mais que na versão eléctrica) e a voz personalizada e robusta de Filipe Miranda em “Skull”, marcam e identificam em definitivo todo o resto do disco; alternativo – alguma da eterna veia Goth – em acústico mas apelando a uma energia interior que se sente – emocionalmente. Excelente transposição para o acústico sem perder a tal energia…interior.

Intelectual (simbolismo e criatividade)
Em Barcelos. Passe a capacidade inata de Filipe Miranda em compôr e interpretar (com José Novo – bateria e João Coutada – baixo em bom estilo) boas canções e de um trabalho simples mas cuidado da percussão, “Bootleg” não é um registo de extraordinária originalidade, é sim, um registo sólido e bem concretizado.

Ouvir o tema “Mary Hold On”


“Bootleg” – Interm.Ission (2004/Honeysound)

Alternativo
www.honeysound.com

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.

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