“Arte e ciência de combinar os sons; qualquer composição; conjunto de sons; fluxo de som; som ordenado em tempos e compassos; melodia em consecutividade; a música representa o movimento; ondas físicas sonoras em movimento; duas melodias tocadas simultaneamente geram uma harmonia, duas vozes.” assim diz essa enciclopédia do povo denominada de Wikipedia.
Isto apenas para acentuar como continua a ser importante perceber o que é música para nós e o que é a música para os outros. Não falo em termos de “teoria musical” (do equilíbrio entre ritmo, melodia e harmonia), falo essencialmente no papel que o “gosto musical” pessoal tem no turvar e manipular de algumas questões que naturalmente pertencem ao campo de discussão da “teoria musical”. Enquanto arte e ciência de combinar sons (com a sua intensidade, timbre e altura), e não contando quando esta combinação se dá de forma manifestamente infeliz, a discussão do “tema música” caminha não raras vezes por um trilho perfeitamente irritante e preconceituoso (por arrasto presunçoso), na forma como se analisam aquelas outras músicas que viajam bem para lá do nosso amarrado gosto musical. É esse corte que não se dá, é essa a tentação…a tentação de extrapolar abusivamente do pessoal para o geral.
Continuamos sem perceber, muitas vezes sem respeitar, não a música, mas o gosto de gostar; até porque para lá do gosto, para lá da teoria e lateralmente, ainda temos a “função da música”…bem, mas isso são contas de outro rosário…