Os Loops são um “grupo composto por Carlos Marques (voz, guitarra), Leonel Miranda (baixo) e Filipe Alvarenga (bateria). Os Loops cultivam um tipo de som shoegaze ao qual chamam de ‘monocromático’, uma fusão dentro do universo alternativo, com composições melódicas, imaginativas e envolventes” (1). A forma como nos são apresentados no sítio da Honeysound serve perfeitamente para caracterizar o álbum de estreia destes barcelenses. E isto, no que toca especialmente à grande amplitude utilizada pelo trio na exploração de todas as possibilidades do rock alternativo, daí resultando, efectivamente, um disco envolvente; pouco directo mas afectuosamente envolvente. É também um pouco a coragem de que fala Filipe Miranda, quando afirma que uma das duas belas características dos Loops é “a imaginação, que é estrutural, relaxada, corajosa e deixada à solta em toda a progressão dos temas” (2). Mas fala-se também da coragem de traçar uma linha de orientação e segui-la à risca, sem receios da avidez do mainstream. “Nothing Really Ends” é um disco rígido nos seus propósitos, estruturalmente coerente e esteticamente consistente, nunca perdendo aquela brandura na audição. No registo, Nikouala (José Arantes, Filipe Miranda), Lisete Santos (voz) e Nuno Fernandes (guitarra) deram também a sua contribuição.
Sem facilitismos na composição e depois do EP “No Comments” (Honeysound, 2006),“Nothing Really Ends” é o passo seguro que se esperava dos barcelenses Loops. Uma edição da Honeysound.
“Nothing Really Ends” – Loops (Honeysound, 2009)
01 Intro – all my memories
02 True love
03 Marionette’s empire
04 Nobody is like you
05 Time goes by
06 Loneliness pleasure
07 Sing la la la la
08 Leonel song
09 Why does it have to be so sad?
10 Nothing really ends
[…] de “Nothing Really Ends” (Honeysound, 2009), é tempo de”In Our Own […]