Chegou a hora do lobo. Morreu António Sérgio!
A recordação, essa, nunca morrerá. Não se esquecem com facilidade os nossos melhores professores. O país está mais pobre; a rádio está mais pobre. Mesmo que já poucos se importem com a rádio de António Sérgio.
Há vozes que não se esquecem; há uivos que não se apagam!
Foto: Rita Carmo
professores que não se esquecem, licções que ficam dentro de nós, nos enriquecem e mudam a nossa vida. o marasmo portugues dos anos 80 era quebrado por este Senhor que traziam sons divinais e elegrava a nossa vida.
por muitos anos que viva nunca me esquecerei da experiencia de passar todas as noites acordado até ás 3h a ouvir o som da frente.
… há vozes que não se esquecem, sim… abraço!
E este era mesmo o último lobo restante da alcateia que me fez amar a rádio na adolescência. Alan Freeman e Tommy Vance, entre outros, como o Peel (na BBC) e agora o nosso Sérgio. Se não fosse ele eu jamais teria um programa de autor – coisa rara nos dias que correm, quase uma aberração de circo do séc. XIX.
A gente agora ouve rádio e as “vedetas” da moda (que passam mais tempo na televisão do que na rádio) e fica com a sensação que destruíram por completo esse mundo maravilhoso. Alguém quer fazer de nós um imenso rebanho de carneiros obedientes. Eu, pelo menos, não vou deixar.
Aproveito para deixar uma palavra de conforto à família, especialmente à Ana, uma mulher que o grande Sérgio sempre mereceu.
Abraço,
Manuel Melo
http://www.sinfonias.org