“”Bem-vindos a bordo”, diz o comandante Zéfiro“. Ele é parte desta história.
É este o convite que Ricardo Santos Rocha (concertina) e Carlos Adolfo (percussão) fazem a quem estiver disposto a embarcar na sua aventura “Foledad”. Uma aventura em disco que é também uma aventura em palco; uma aventura instrumental; uma aventura feita de boa disposição. Porque a música também é alegria e os Lufa-Lufa sabem-no. “Com um cenário próprio e uma história paralela, Foledad consiste num repertório de temas originais que percorre distintas linguagens musicais e com uma forte componente visual e cénica, transportando o espectador pelas paisagens imaginárias.” (1).
Mas aqui, hoje, não há palco, imagina-se, mas não há. E sobre a música, sente-se o bater do coração, o ritmo e a melodia que fazem o palco ganhar vida. É o balanço. O balanço que funde a enorme arte destes dois homens num espectáculo musical cativante. Parecem tantos sendo tão poucos. É ver a concertina trocar mimos ao som da melódica, dos sinos, de martelinhos de S. João, de apitos e tubos sonoros, entre outros. É essa a magia dos Lufa-Lufa; a magia nascida de um elogio à simplicidade. São algumas das novas aragens da música tradicional portuguesa, dizia há tempos. Pois são.
E tudo porque a lufa continua!
“Foledad” – Lufa-Lufa (Turbina, 2010)
01 Lift-off
02 Foledad
03 Orango tango
04 Noite
05 Malu
06 Serra
07 Maresias
08 Rusga
09 Boulevard
10 A Queda
11 Comédia
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