Pela mão de Ricardo Lopes e Filipa Santos, corria o ano de 1999, foram formados os Mandrágora. Hoje, com o álbum de estreia já lançado, “Mandrágora”, a banda do Porto é mais do que uma surpresa agradável. Surpresa? talvez não. É efectivamente surpreendente a energia de toda a combinação instrumental que brota das composições de “Mandrágora”. Um disco onde tudo parece pousar no sítio certo: uma serena flauta, uma luminosa gaita de foles, uma percussão vigorosa, tudo o resto no sítio certo – e não é pouco; uma corrente de energia que corre por esses campos fora…livremente.
– Emocional (energia interior e peso emocional)
São paisagens de luz, algumas interiores – muitas. Com salpicos de voz, “Mandrágora” transforma-se num objecto marcado por imagens de uma diáspora por tempos e espaços infindáveis, de magias viajadas de Nascente ao Poente, do Norte ao Sul, do exterior para o interior; sempre num equilíbrio assombroso, num equilíbrio interior perfeito, de grandes emoções…
– Intelectual (simbolismo e criatividade)
Tradição, inspiração, revolução. A música tradicional nos Mandrágora não é um fim é apenas um meio; não é o resultado, é apenas o processo para uma nova visão da música tradicional; uma visão mais criativa, mais actual. Marcada pela tradição europeia, também nacional, obviamente, esta é talvez a faceta mais interessante da arte deste sexteto tripeiro, isto é, alguma reivenção da tradição, conferindo-lhe com extraordinária virtude uma tez de modernidade; até experimental – e só por exemplo, o último minuto de “Campanhã” é fantástico!
No sítio do grupo e no MySpace há sons de Mandrágora
“Mandrágora” – Mandrágora (2005/Zounds Records)
[…] É hoje editado o novo álbum dos portuenses Mandrágora. Três anos depois do surpreendente “Mandrágora” (Zounds, 2005), os mesmos Mandrágora mostram finalmente o sucessor desse magnífico […]