Abençoada mãe que trouxe ao mundo um filho assim.
O filho dessa mãe, Rui Carvalho, nome que efectivamente recebeu, aceitou a dádiva e partilhou-a connosco – primeiramente com If Lucy Fell e I Had Plans, entre outros. De outra forma, abençoado rebento que em 2011 nos ofereceu um álbum chamado “Palácio”, uma demonstração pura do quão simples mas profunda e imagética pode ser a relação de um homem com o seu instrumento; com a sua guitarra. Sem rede nem artifícios, ouvem-se 11 temas de um gabarito técnico elevadíssimo e que valem igualmente pela sua narrativa, pelo desenho condutor que nos leva da abstracção do instrumental à realidade na sua assunção. Uma realidade feita de emoção e respiração. Tó Trips falava num guitarrista com electricidade lá dentro. Filho da Mãe é um guitarrista cheio de vida lá dentro, qual génio contador de histórias feitas de arrepios e convulsões. São histórias que se ouvem e vivem vezes sem conta. São narrativas imaginadas; narrativas bem reais, expostas por um dedilhar cheio de coração.
Abençoados; os dois.
Filho da Mãe – “Palácio” (Rastilho Records, 2011)
01 Não Sei Desenhar Barcos
02 Sobretudo
03 Quis Não Quis
04 Eusébio No Deserto
05 Encontrei Os Teus Dentes
06 Pomada 1
07 Pensei Em Chão
08 Vem Devagar (Leva Tudo)
09 Tira Lá Isso Daí
10 Helena Aquática
11 De Prego Em Prego, De Pé Em Pé
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