NO TEMPO E NO ESPAÇO COM…

::Tema: “Não Há Nada P’ra Ninguém” – Mário Mata (Single, “Não Há Nada P’ra Ninguém/Não Te Cures Não”, Polygram)

::Tempo: 1981

::Espaço: Algarve/Lisboa

::Expressão:
Um grande clássico do ainda pós-25 de Abril. Em plena década do boom, Mário Mata satirizava – como sempre – com este “Não Há Nada P’ra Ninguém” – num corte entre o rock cantado em português e a música tradicional portuguesa. Boa recordação…

Vamos embora Manel !!! E não há fumos pra ninguém
Não há mulheres pa ninguém
Não há homens pra ninguém
Não há nada pra ninguém

Certo dia em Lagos ao passar de caminho
Para o Parque de Campismo gritei ‘Ai Toninho !!! `’
Qual não era o meu espanto
Que ao meu lado direito
Julgava estar a ver mal
Belisquei-me, estava feito
Um Parque de Campismo Especial de Corrida para os Senhores Militares, é
inacreditavel !!!

Em Lagos não há Piscinas, Parques Culturais
E todas as tentativas são cortadas pelos tais
Se dormires na praia, vem o Cabo do Mar
Se cantares na rua à Esquadra vais cantar (o Vira )
Bate baixo a bolinha bate bate pianinho se por cá queres andar
Que a Judite anda doidinha por te pôr a pata em cima e por te agarrar
E lá não há… lá não há…

Se jogam contigo, joga duro com eles
Se te batem de forte, dá-lhes mais forte ainda
E aplica-lhes a táctica, do papel higiénico
Rasga por todos os lados, menos pelo picotado
Joga-lhes na mesma moeda , meio tostão furado e uma volta ao bilhar grande
Paga-lhes na mesma moeda, meio tostão furado e uma volta ao bilhar grande

Na Rádio Memória da Trompa há qualquer coisa para ouvir. Por AQUI há mais qualquer coisa do cantautor.

www.mariomata.blogspot.com
Mário Mata no Anos 80

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.