“A música é como uma cidade, com as suas avenidas, ruas, vielas escuras, becos sem saídas, largos, praças. Segui-la por tais percursos é uma tarefa difícil porque inevitavelmente especulativa, mas bastante aliciante para quem, como eu, não se contenta com a simples perspectiva do jornalista e do crítico“. (pág.5)

Naturalmente; finalmente algum espaço neste blog para Rui Eduardo Paes, crítico musical, jornalista, ensaísta, personalidade maior entre os analistas das denominadas “novas músicas”; experimentadas, improvisadas – ou apenas novas.
Dentre uma bibliografia já bem representativa, a escolha recaiu sobre este “Cyber-Parker”. Organizado em vários capítulos, o destaque vai obviamente para o dedicado às novas músicas deste país, “Made in Portugal”. Com os capítulos divididos em ‘tracks’ e com o cuidado de não regressar a discos já dissecadas noutros dos seus livros, na área nacional de “Cyber-Parker” são caracterizados 20 dos mais marcantes registos da nova música portuguesa; entre eles estão obras de: Bernardo Devlin, Carlos Bechegas, Carlos Zíngaro, Discmen, Emanuel Dimas de Melo Pimenta, Emídio Buchinho, Ernesto Rodrigus e Jorge Valente, Free Field, Gonçalo Falcão, Manuel Mota, Miguel Azguime, Mute Life Department, Nuno Canavarro, Nuno Rebelo, Osso Exótico, Rafael Toral, Sei Miguel, Telectu, Tozé Ferreira e Zzzzzzzzzzzzzzp!
Excelente!

capa de Cyber-Parker
PAES, Rui Eduardo, “Cyber-Parker”, Lisboa,Hugin , 1999.

sítio rep.no.sapo.pt

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.