Impressões, flashs imagéticos…impressões digitais.
Obra do DJ e produtor portuense de música electrónica, João Santos, “TAM” é um disco cheio por 20 minutos de ternas experiências, serenas deambulações, sonâmbulas ilusões; apenas quatro.
Sobre a tela, cada uma a seu tempo, discorre primeiro uma electrónica minimal, induzida pela introdução repetida de “Song” – era uma vez; depois, uma electrónica marcadamente ambiental, cinemática, feita de imagens fortes, aqui e ali pululantes – como o piano no excelente “Document”; uma electrónica triste, lânguida, segue-se em “That’s OK”; por fim, o clímax da narrativa, com uma electrónica de paisagens mais dispersas, desperta em “Send”, quando finalmente um leve batida vem ajudar o dia a nascer, os sopros a viver e a história a terminar – o fim.
No seu todo, “TAM”, é um disco bastante coerente, internamente consistente e assente numa filosofia estética que se repete ao longo das quatro faixas: a força do som na construção da imagem.
Quase sempre lento, introspectivo, “TAM” é uma experiência documental com pistas interessantes.

som Ouvir o tema “That’s OK”.

capa de TAM
“TAM” – TAM (Variz, 2006)

tipo Electrónica/Experimental/Ambiental
sítio www.variz.org

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.