Ontem.
Numa singela homenagem ao mestre Paredes, patrocinada pela FNAC, tivemos ontem (para quem por lá andou) o prazer de assistir a um mini-espectáculo (mas cheio de sentimento) na FNAC do Fórum Almada. Os convidados foram Raquel Peters, os Dead Combo e o quarteto de saxofones Artemsax.
A abrir o mini-show, a voz segura de Raquel Peters em três fados acompanhados à guitarra portuguesa (esta, às vezes meio adormecida para apanhar a voz). Momento alto com “verdes anos”. Claro. Voltaríamos a eles mais adiante.
Depois, a inconformada, a deambulante, a preciosa vadiagam sonora dos Dead Combo. Três temas escuros na sua profundidade, belos, terminando com a homenagem dos Dead Combo a Carlos Paredes, interpretando o tema “paredes ambience” inserido na colectânea “movimentos perpétuos”.
Para o fim, o concerto maior. Meia dúzia de temas serviram para atestar toda a competência do quarteto de saxofones que constitui os Artemsax (saxofones alto, barítono, tenor e soprano). Numa apresentação a cruzar o clássico com o ligeiro (ali inesperado para alguns), a boa actuação dos Artemsax teve como momentos altos as dedicatórias especiais a Carlos Paredes com os temas “verdes anos” e “movimento perpétuo”.
Espectáculo diversificado, juntando num mesmo palco o fado na voz de Raquel Peters, o experimentalismo desconcertante dos Dead Combo e as sonoridades mais orquestrais dos Artemsax.
Boa hora se passou por ali!