O regresso ao Minho…estava prometido.
Tenho ouvido o novo “Let us Introduce Ourselves” dos Spirit, várias vezes. Seguidas. Vezes que se convocam a si mesmas sem pedir licença. Não é exagero, gostei da suavidade pop-rock que emana do novo EP dos Spirit; do aroma alternativo que viaja pelo ar…e viaja. Banda formada em Braga em 2004, os Spirit (Fred Lethes – voz e guitarra, Carlos Marques – guitarra, Leonel Miranda – baixo e Tuca Alvarenga – bateria) têm em “Let us Introduce Ourselves” uma estreia luminosa; curta, mas luminosa.
Dizia há dias sobre o disco, que este se situava “entre a electricidade e um desejo acústico“; o desejo pouco assumido, pedido mas escondido. É uma primeira ideia, em quatro actos. É verdade que o formato EP ajuda, que é o álbum que calca o caminho e que é ao vivo que uma banda se sente e existe. Esqueçamos estas verdades – também discutíveis – e centremo-nos em “Let us Introduce Ourselves”.
De bases melódicas envoltas em grude e levadas por uma voz em desesero, tudo o resto é de uma vibração encantatória; de uma leveza ida na correnteza do som bucólico, pouco viril mas espiritualmente envolvente…também em atrofia, constante, numa espécie de vibração contida. “Let us Introduce Ourselves” não exulta em originalidade, as referências estão lá, algumas delas até bem minhotas, no entanto e sem descobertas a relatar, são as várias cores que os Spirit utilizam nesta sua viagem que tornam este EP um disco fresco, às vezes viciante. Igualmente contido, quase, quase sempre prestes a explodir, nunca expodindo, é na clássica combinação de guitarras, baixo, bateria e voz, que ouvimos este frutuoso discorrer roqueiro de base alternativa; de guitarras em gemido a chorar pela luz dos dias que não chega e pelas estrelas bêbedas de tanto beijar os ventos da noite. São quatro boas canções, de fácil audição, melodiosas, melancólicas também – apenas acordadas pelo grito de urgência de “Mayday Mayday”. Qual onda que aos minutos certos se estatela na rocha, criando uma energia sonora capaz de nos embalar por entre ambientes em desequlíbrio, aéreos, respirações de vidas fugazes.
Uma amostra interessante, a precisar de crescer, de buscar ainda o seu eu. Boa apresentação.
Tenho ouvido o novo “Let us Introduce Ourselves” dos Spirit, várias vezes. Seguidas. Vezes que se convocam a si mesmas sem pedir licença. Não é exagero, gostei da suavidade pop-rock que emana do novo EP dos Spirit; do aroma alternativo que viaja pelo ar…e viaja. Banda formada em Braga em 2004, os Spirit (Fred Lethes – voz e guitarra, Carlos Marques – guitarra, Leonel Miranda – baixo e Tuca Alvarenga – bateria) têm em “Let us Introduce Ourselves” uma estreia luminosa; curta, mas luminosa.
Dizia há dias sobre o disco, que este se situava “entre a electricidade e um desejo acústico“; o desejo pouco assumido, pedido mas escondido. É uma primeira ideia, em quatro actos. É verdade que o formato EP ajuda, que é o álbum que calca o caminho e que é ao vivo que uma banda se sente e existe. Esqueçamos estas verdades – também discutíveis – e centremo-nos em “Let us Introduce Ourselves”.
De bases melódicas envoltas em grude e levadas por uma voz em desesero, tudo o resto é de uma vibração encantatória; de uma leveza ida na correnteza do som bucólico, pouco viril mas espiritualmente envolvente…também em atrofia, constante, numa espécie de vibração contida. “Let us Introduce Ourselves” não exulta em originalidade, as referências estão lá, algumas delas até bem minhotas, no entanto e sem descobertas a relatar, são as várias cores que os Spirit utilizam nesta sua viagem que tornam este EP um disco fresco, às vezes viciante. Igualmente contido, quase, quase sempre prestes a explodir, nunca expodindo, é na clássica combinação de guitarras, baixo, bateria e voz, que ouvimos este frutuoso discorrer roqueiro de base alternativa; de guitarras em gemido a chorar pela luz dos dias que não chega e pelas estrelas bêbedas de tanto beijar os ventos da noite. São quatro boas canções, de fácil audição, melodiosas, melancólicas também – apenas acordadas pelo grito de urgência de “Mayday Mayday”. Qual onda que aos minutos certos se estatela na rocha, criando uma energia sonora capaz de nos embalar por entre ambientes em desequlíbrio, aéreos, respirações de vidas fugazes.
Uma amostra interessante, a precisar de crescer, de buscar ainda o seu eu. Boa apresentação.
Ouvir o EP “Let us Introduce Ourselves”.
“Let us Introduce Ourselves” – Spirit (Edição de Autor, 2007)
01 Letter to God
02 Voices
03 Look at You
04 Mayday Mayday
Rock/Alternativo
band.spirit@gmail.com