Disco importante de uma banda interessante; ou será ao contrário?
Importante não pelo sucesso alcançado, importante pela influência para os que advieram. Eles foram Paulo Feliciano, Mimi, João Oliveira, Manuel Duarte e Pedro Falcão, eles foram (e serão sempre) os Tina and the Top Ten, frequentemente apontados como uma das referências do pop-rock e mais qualquer coisa do mais original que se possa pensar, feito naqueles tempos. Os tempos de 1994 e picos.
Transportados das Caldas da Rainha, os Tina and the Top Ten deram-nos fogo, deram-nos aquela dose de loucura necessária e natural de quem arrisca sem receios e sem freios.
Grande som. Aquele som; às vezes mal amanhado, fruto de uma edição de 94 com a aparência sonora pesada, de mais alguns anos. E depois há aquela busca da diferença, própria destes homens das Caldas (e da Mimi também), uma das parcas pedradas no charco vividas em meados dos anos 90. Guitarradas mais e menos clássicas, acção tipo grupo de baile, no fim, a animação bem conseguida.
A orientação parece pouco importante, o rumo nem sempre é na vertical ou na horizontal, o importante é criar, variar, enlear o ouvinte numa sonoridade às vezes dormente, outras vezes, bem mais excitante.
14 temas para fruir…cada um à sua maneira, com muito rock’n’roll’n’ troll’n’froll à mistura.
Boa experiência.