“The Jinx”, assim se chama o último voo dos Corvos; um voo só de originais.
Quarteto formado por Pedro Teixeira e Tiago Flores nos violinos, Nuno Flores na viola e Cláudio Nunes no violoncelo – quinteto, se contarmos com o convidado Pedro Silva “Pita” na bateria, os Corvos são personagens interessantes dentro do panorama rock nacional. Fazendo uso de um instrumento tipicamente clássico – ainda que explorado noutros lados numa vertente mais experimental, o violino tem nos Corvos o papel central; têm todas as cordas, como a viola e o violoncelo. São eles que dão ao som dos Corvos aquele som tão característico; aquele estranho rock. Apoiado na bateria, em alguns sons externos, em pouca electrónica e até numa misteriosa voz – em “Infamous Jinx” e “Go, Billy Go”, ouvir os Corvos é sempre uma experiência diferente. O quarto álbum dos Corvos é uma experiência agradável, convidativa à imaginação, tal a expressividade do som, tal a capacidade imagética que transporta; uma ideia de acção. Não traz a novidade e o impacto de outros tempos, é verdade – o registo mantém-se mais ou menos igual ao longo de todo o disco, mas traz a qualidade de sempre.
Por aqui, prefere-se sempre os instrumentais, onde sobressai a música e se adensa o mistério; aquele violoncelo. Sem grandes golpes de asa, “The Jinx” deixa-nos a marca do corvo.
Gostei da experiência…
“The Jinx” – Corvos (Som Livre, 2007)
Rock/Clássico/Alternativo