Grande notícia!
É verdade; o livro “Memórias do Rock Português“, da autoria de Aristides Duarte, também ele visitante deste blogue, vai ter a sua 3ª edição à venda já em meados de Fevereiro. Editado em Abril de 2006, “Memórias do Rock Português” seria reeditado seis meses depois, revisto e aumentado, tal como acontece com esta 3ª edição.
Mais uma excelente oportunidade para conhecer uma parte importante da história da música rock feita em Portugal.
O livro tem prefácio de António Manuel Ribeiro.

As encomendas do livro podem ser feitas para akapunkrural@gmail.com.


“Memórias do Rock Português” – Aristides Duarte (Ed. Autor, 2008, 3ªEd.)

rockemportugal.blogspot.com

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.

6 thoughts on “BREVES|3ª edição das “Memórias do Rock Português””
  1. Sim senhor vi um concerto do Armindo ROck no Palacio de Cristal em 1960 e poucos. Fiquei impressionadissimo e acreditem ou nao esse concerto teve muita influencia no meu futuro como musico. O meu nome e Antonio Garcez e o resto e historia assim como as grandes bandas que criei e liderei.

    Um abraco

    AG

  2. Caro Armindo:
    Fui vizinho e amigo do Antero, baterista dos “Blusões Negros”.
    Morava-mos no mesmo bloco (10) no bairro Fernão Magalhães, e não sei se o amigo esteve no baile de despedida do Antero, (no mesmo bloco) quando este foi para a Guiné.
    A casa foi cedida pelos meus pais (teria eu 15, 16 anos) e lá esteve quase toda a “nata” da época.
    Quando regressou, ainda integrou o “Quarteto Pop”, formado pelo sr. Barreiros, pai do Mário, Pedro e Jorge Barreiros, que posteriormente formaram o “Mini Pop” e “Já Fumega”
    Entretanto fui eu para a tropa (para-quedistas) e perdi o rasto do meu amigo Antero.
    Muito mais tarde disseram-me que tinha ido morar para a Foz do Douro e que tinha falecido.
    Se o caríssimo Armindo me puder dar alguma pista, fico desde já agradecido.
    Abraço

  3. Caro Armindo: obrigado também por este belo retrato! Pelo que percebi, fez parte dos Blusões Negros e dos Tártaros – chegou a gravar algum dos EP’s destes grupos? Cumprimentos, obrigado

  4. Boa tarde,

    Sendo um dos pioneiros no uso da internet (o meu site teve inicio em Maio de 1999 mas já em 1997 estava listado com outro nome) nunca me ocorreu fazer uma única busca do nome Armindo Rock ou Armindo do Rock. Alguma vez tinha que ser a primeira (foi há 2 dias) e assim tive acesso a dois blogs;

    http://estado.blog.com/tag/portugal/

    http://rockemportugal.blogspot.com/

    Ainda não tive oportunidade de ler o livro Memórias do Rock Português, mas há um desconhecimento geral do que foi o movimento do rock no Norte de Portugal nos anos 60. Nada que me diminua enquanto intérprete, mas penso que faz falta conhecer algo sobre o assunto.

    A partir de 1961 (aos meus 17 anos) com o nome de Armindo do Rock, acompanhado pelo conjunto Tony Araújo que já naquela altura estava equipado com guitarras fender e aparelhagem de som Semprini, muito em voga nos conjuntos italianos e usada também pela orquestra francesa Eddie Vartan.

    Mais tarde fui co-fundador dos conjuntos Blusões Negros e Tártaros. Por certo não fui um ilustre desconhecido, pois além de ter realizado o primeiro festival de Rock e Twist em Portugal, Cinema Aguia D’Ouro, Porto, mereci o convite da parte do Empresário Vasco Morgado para actuar como cabeça de cartaz num dos espectáculos que ele realizou no Monumental aos Domingos. Apresentador; Henrique Mendes, outros artistas; Simone de Oliveira e Paula Ribas. No dia anterior, Sábado, participei num festival de rock com o Victor Gomes. Uma réplica desse festival foi mais tarde produzida no Teatro Sá da Bandeira, no Porto. Ao tempo fui sondado por um emissário do realizador (apresentou-se como tal) do filme Pão Amor e Totobola, para saber do meu interesse em participar no filme. Não tive qualquer disponibilidade e sei que o Zeca do Rock participou no referido filme.

    Fiz vários espectáculos como cabeça de cartaz. Não tendo gravado qualquer disco (na Alvorada achavam que eu era maluco) andei nos lugares cimeiros para o Rei da Rádio (António Calvário). Largamente referido em várias revistas, tais como; Flama, Plateia, Crónica Feminina, Jornal Feminino, Jornal de Notícias (primeira página, 1/4 de página).

    Cantei em inglês, francês e português, tendo sido autor de várias canções em Português, e por isso recebi cheques da Sociedade de Autores. O meu primeiro rock em português data de 1961 com o titulo “Eu quero o rock”.

    Ao tempo recebia mais de 400 cartas por mês pedindo fotografias autografadas.

    Fui o único artista português convidado por Vasco Morgado para actuar com Sylvie Vartan e Eddie Vartan, no Pavilhão dos Desportos, no Porto. Fiz a primeira parte e a Sylvie Vartan fechou o espectáculo.

    Mais tarde voltei a ser convidado por Vasco Morgado para actuar com Gilbert Bécaud. Enquanto estava a aguardar pelo contrato, a marca Deca impôs o conjunto João Paulo dos Açores.

    Umas semanas depois, talvez para compensar a opção pelo conjunto João Paulo, fui convidado a actuar no Rivoli, no Porto, com o cantor francês Richard Anthony. Aceitei e prontifiquei-me a assinar o contrato, o qual impunha que também actuasse nos espectáculos de carnaval (4 dias) no Pavilhão dos Desportos no Porto. Porém não cumpri o contrato e deixei o empresário sem alternativa por recusa (à ultima da hora) do Tony Araújo (conjunto), porque o jovem sentiu-se amuado pelo facto de ter anunciado aos colegas do liceu que ia acompanhar o Armindo Rock no Rivoli com Gilbert Bécaud, mas depois quem apareceu no cartaz foi o conjunto João Paulo. Criancices! Senti que tinha sido uma ofensa para o Vasco Morgado, e a partir daí desisti da vida artística. Tinha 20 anos de idade.

    Curiosidades: Vivi na Rua do Moreira 51, Porto. A 10 metros do meu prédio vivia o jovem Pedro Abrunhosa, a 60 metros Clara de Ovar e o jovem Machado Vaz, a uns 300 metros os conjuntos Walter Behrend, Pedro Osório, e os Blusões Negros (claro!).

    Nos anos 60 abundavam os conjuntos de rock e música ligeira no Porto. Dos que conheci, sinto-me mal se não referir os seguintes nomes; Titãs, Sousa Pinto, Tony Hernandez, Os Espaciais.

    Ao tempo, estes nomes do Sul eram populares; Os Conchas, conjunto Mistério, Fernando Conde, Victor Gomes e os Gatos Negros.

    Findo esta mensagem desejando-lhe um óptimo 2010.

    1. Caro Armindo
      Muito brigado pela sua exposição. É excelente. Ficava mesmo bem num post deste blog ;)
      Abraço

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