Alguns dias passaram depois de ouvir “MOD:E”.
Alguns dias passei a pensar sobre o que escrever sobre The Attic. Não que fosse difícil mas antes porque sentia que precisava de digerir bem o que acabava de ouvir. Voltar a ouvir. Se é verdade que alguns projectos vão despertando a nossa atenção, não é menos verdade que são raros aqueles que mexem realmente connosco. “MOD:E” dos The Attic mexeu. Não que seja sempre original mas antes porque o consegue quase sempre ser. Há algo naquele conjunto de paisagens que mexe connosco.
Rogério Silva é a voz, Miguel Veríssimo acompanha-o ao clarinete e à guitarra, depois são alguns pózinhos de electrónica e algumas cordas à mistura numa emoção fria, assim como que embalada pela noite, pela tristeza de uma alma em dor. Há um som diferente, há uma combinação instrumental à qual não estamos habituados e que vicia, que não nos permite ficar indiferentes.
De nuances ambientais, em tons de um rock com sentimentos jazz, são cinco temas, cinco histórias preciosas, cinco canções plenas de uma força que nos impede definitivamente de ignorar The Attic. Há arrojo, originalidade, há a busca de um espaço por preencher e que os Attic parecem ter condições para o fazer.
Principalmente os temas “Running Creature”, “Story” e “Liquien Frostia Displei” são fabulosos!