“Trapo Trapézio” é uma belíssima surpresa, mesmo não sendo uma completa novidade.
Porque não é uma novidade esta nova corrente pop que faz uso de alguns elementos tradicionais para se expressar musicalmente. Foram vários os nomes a seguir um trajecto semelhante nestes últimos anos. Todavia, novidade é fazê-lo quase sempre bem e em “Trapo Trapézio”, os Prana conseguem-no, indubitavelmente. “Trapo Trapézio” é um disco alegre e envolvente, que se ouve do princípio ao fim sem ponta de sofrimento. Aliás, o arranque não nos deixa qualquer dúvida. Temas como “Lei Zero” e “Cruz de Plástico e Fita Cola” , deixam perceber quase de imediato que estamos na presença de um álbum feliz. Desvenda-se logo aí ao que vêm os Prana mas acima de tudo, desvenda-se um pouco do que podemos esperar deles no futuro. E é muito. Na verdade, são sensações e sentimentos que se prolongam em temas como “Quiáltera”, “O Teu Veneno Meu” e “Etanol”, entre outros. São temas vivos, que vivem do português para se fazer compreender; e bem. São temas pop, a espaços fazendo jus a algum rock sem nunca perderem de vista um fundo de base tradicional. Da intimista à mais irreverente, são canções sinceras e feitas com paixão. No fim, temos mais um bom exemplo de uma nova pop nacional, contemporânea, que não se envergonha de procurar referências num passado de infinitas possibilidades transformadoras.
“Trapo Trapézio” é uma descoberta constante e por isso, os Prana estão de parabéns.
Prana – “Trapo Trapézio” (Lisboagência, 2011)
01 (…)
02 Lei Zero
03 Cruz de Plástico e Fita Cola
04 Um Octavo Minguante
05 Quiáltera
06 O Teu Veneno Meu
07 Quem és Tu
08 Etanol
09 Moscas
10 Córdula
11 Maracujás
12 Rio Homem
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