Começava assim o texto escrito neste blog, em Fevereiro de 2005, sobre o magnífico “Pulsar”. Na verdade, a história destas Danças Ocultas começa alguns anos antes. Hoje, a discografia pertence-lhes.
Grupo composto por Artur Fernandes, Filipe Cal, Filipe Ricardo e Francisco Miguel, os Danças Ocultas são das experiências musicais mais interessantes que este país viu nascer e crescer na última década e meia. Com cerca de 15 anos de história e decididos a fazer ressurgir o acordeão diatónico, por cá também conhecido por concertina, os Danças Ocultas são já responsáveis por três belíssimos álbuns. Do mote dado com o primeiro “Danças ocultas” – produção de Gabriel Gomes, já de uma luz cintilante; passando pelo mais explorador “Ar”, de 1998 – ainda com produção de Gabriel Gomes; terminando no belo e surpreendente “Pulsar”, toda a carreira dos Danças Ocultas é uma viagem de bom gosto, cravado de sensações únicas e infinitas.
Com uma evolução que se sente a cada disco, técnica e esteticamente, cada vez mais criativos, ouvir hoje Danças Ocultas é e será sempre uma estimulante experiência. Emocionante. É a exploração de novas fronteiras, de novas formas de manusear e combinar o instrumento, são novas linguagens que se vão aperfeiçoando – como quem viaja um pouco por todo o mundo, que faz da música dos Danças Ocultas aquilo que ela é: quente, superior, apaixonante…
Como se todo o mundo coubesse numa concertina; dá para acreditar numa aventura assim? Dá!
Discografia (álbuns)
– “Pulsar” (Magic Music, 2004)
– “Ar” (EMI-VC, 1998)
– “Danças Ocultas” (EMI-VC, 1995) – lançado em 1996
Ouvir alguns sons dos Danças ocultas.
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