Hoje, os Stereoboy são dois e isso nota-se muito bem. Isto, para dizer que se nota muito bem a forma como a dupla se complementa em disco; Luís Salgado, o Stereoboy em pessoa, o músico, e Sofia Arriscado, a voz, a dona das palavras – exceptuando “Loa ao Porto” de António Manuel Couto Viana dito por Adolfo Luxúria Canibal. E é uma complementaridade que sobressai claramente pela especificidade do produto que criam. E não deixa de ser arriscado criar um produto assim; produto porque há nele uma real e marcada presença pop; arrojado porque o faz por caminhos mais travessos, sem facilitismos. Genericamente, porque guitarras e electrónicas se fundem numa espécie de electrónica indie nem sempre muito directa, nem sempre muito pop. Depois, porque há aquela voz. Inspirado na antiga, mui nobre, sempre leal e invicta cidade do Porto, “OPO” (PAD, 2013) e tal como boa parte das grandes cidades, vive de contradições, velocidades diferentes, pequenos mundos que se vão cruzando com o nosso. “OPO” tem um pouco dessa diversidade, quer na elaborada electrónica de Luís Salgado, quer na cristalina voz de Sofia Arriscado. É a pop alternativa dos Stereoboy, a bela pop alternativa dos Stereoboy. {ELECTRÓNICA | INDIE | OUVIR}
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09 Estética
08 Musicalidade
07 Lírica
08 Interpretação
08 Produção
08 Coerência
08 Originalidade
08 Relevância
07 Intemporalidade
08 Factor WOW
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