Rui Azul, “saxofones tenor e soprano, flauta, midisax, programação, designer gráfico, autor de banda desenhada, artista plástico“, começa assim a biografia do artista lida em www.jazzportugal.net.
Depois de um primeiro CD de originais, “Pressões Digitais” (com participações de Vitor Rua, Pedro Taveira, Rui Júnior, Joaquim “Quiné” Teles e Horácio) e de “Jazz Live Recordings”, o músico e compositor portuense lançou no início de 2005, “Á Bolina, o seu segundo disco de originais; um disco livre, amplo e curioso quando inserido no panorama luso da worldfusion – se é que ele existe, claro, pelo menos numa extensão visível.
Com formação na área do Jazz, Rui Azul leva-nos “À Bolina” pelos quatro cantos do mundo, num universo fusional de sons e influências diversas. Obra de um homem só, qual multiinstrumentista em redor de um extenso leque de instrumentos e outras bases (saxofone tenor, midisax, flautas, rhäita, zummara, didgeridoo, dar’buka, percussões étnicas, voz, teclados, samplers, sequenciadores, programação), Rui Azul oferece-nos uma experiência rara por estas bandas, fundindo toda a sua experiência na área do Jazz com uma forte motivação étnica, resultando uma obra característica e interessante de worldfusion, etnojazz, o que se lhe quiser chamar; importante mesmo é não ignorar. Em África, pelo oriente e num ritmo latino, “À Bolina” é isso mesmo, uma viagem pelo mundo, por uma realidade musical fusional em construção, onde nem os modernos recursos tecnológicos são esquecidos, através de algum trabalho de programação, sequenciação e samplagem.
A ouvir…e navegar.

Para ouvir muitos sons de Rui Azul.


“À Bolina” – Rui Azul (2005)

01 Suave Sopra Suão
02 Rotas da Sede
03 Globalize Human Rights
04 À Bolina
05 A Família e o Esturjão
06 O Outono em Pequim
07 Random Land
08 Tipical Tropical
09 Tea Gee
10 Magrehb
11 O Direito à Preguiça
12 …Há-os de Várias Cores
13 Proximidades Remotas
14 667 Sucessivas Salsichas
15 Anesthesia

Jazz/Fusão
registosautonomos.blogspot.com

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.

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