Tinha jurado a mim mesmo que não diria uma palavra sobre a edição deste ano do Festival RTP da Canção – a 47ª, mas a vitória dos Homens da Luta no dia de ontem, fez-me recuar nesta intenção. Não consigo, tenho mesmo de dizer qualquer coisa.
Diz-se muitas vezes que o povo é soberano – às vezes com muito cinismo. E na sua soberania, ontem, de propósito ou não, acabou por matar, pelo menos, dois coelhos com uma cajadada apenas – desculpem-me a crueldade da expressão. Bem explorado, até são mais os coelhos. Fiquemos pelos dois. Depois do sucesso instantâneo de “Que Parva que eu Sou” dos Deolinda, o povo voltou a expressar de alguma forma o que lhe vai na alma. E não é bonito. É um sentimento confuso. Em todo o caso, pareceu-me simples.
A outra cajadada tem mesmo a ver com o Festival Eurovisão da Canção. Já era tempo de sermos nós a gozar um pouco. Depois de gozados, ano após ano, ainda mais nos últimos tempos com um modelo sem sentido e injusto, era tempo de dizermos, basta! Os Homens da Luta estão lá – A letra é de Jel, a música é de Vasco Duarte. Vai ser divertido.
Desta vez, mal ou bem e sem motivos para isso, vamos rir por último: “A Luta é Alegria”; ou não.
Ouvir “A Luta é Alegria” dos Homens da Luta
Foto: José Carlos Pratas/Global Imagens
Importante ler…factos desde a Sociedade Secreta Bildeberg até aos Homens da Luta:
http://portugalberg.blogspot.com/2011/03/serie-de-coincidencias.html