Responsável por uma das maiores surpresas de 2008, David Santos deixou-nos algumas palavras sobre o seu novo disco:

1. Numa frase apenas – ou duas – como caracterizas conceptualmente o álbum “One Hundred Miles from Thoughtlessness”?
O disco acaba por ser o finalizar, ou o virar a página, de um processo longo de evolução daquilo que noiserv era em 2005, quando editei o EP, e noiserv em 2008 com o lançamento do disco. Sendo assim, é um disco dividido entre o que foi/o que é/o que poderá vir a ser noiserv.

2. “One Hundred Miles from Thoughtlessness” é um disco de ‘viragem’ ou um disco de ‘continuidade’, em relação ao teu anterior registo? Que principais diferenças encontras?
É um disco diferente, é claramente um objectivo de me afastar, mesmo sem ser propositado, da essencial inicial, guitarra + voz (o “thoughtlessness”). Fiz um esforço maior nos pequenos pormenores, e pequenos arranjos, tentando dar às músicas, sempre uma dimensão diferente daquilo que tinha feito no EP. O EP foi algo muito espontâneo…e nada pensado ou estruturado…contrariamente ao disco…

3. Este foi um disco feito a pensar no público que te ouve? Que expectativas tens em relação à sua aceitação?
Fiz o disco a pensar que queria ter algo para mostrar as pessoas, e representar minimamente o meu papel na música, e foi isso que tentei fazer…Não pensei em público em concreto tentei apenas colocar-me no papel do ouvinte e tentar perceber o q sentiria…e assim fui acabando/mudando/acabando o disco…Relativamente a expectativas sinto que fiz o máximo, o q não quer dizer q “hoje” não o fizesse de maneira diferente…Espero que seja bem recebido, embora saiba q é um campo área muito dificil…no entanto(,) fiz o melhor q pude…só tenho de esperar…e ficar muito contente por cada pessoa que goste..

4. Que sensações esperas que as pessoas retirem da audição do novo disco?
É um disco muito pessoal, com histórias reais, outras inventadas, mas no fundo é um pouco a minha cabeça, e os problemas/alegrias/fantasias/tristezas que dela surgem…Por isso se de alguma forma conseguir que as pessoas me compreendam, acho que atinjo o objectivo…

5. Se tivesses que escolher a faixa que melhor encarna o espírito do novo disco, qual escolherias? Porquê, mais sucintamente?
É complicado escolher uma música, pq é como se me perguntasses qual desta músicas descreve melhor a minha cabeça ou aquilo q eu sou, sendo assim, vou responder de outra forma:
Consolation Prize – representa a amizade e aquilo ela nos transmite, e o importante que é para nós…
Melody Pops – representa os momentos de felicidade espontâneos na vida dos quais no (s) recordamos durante muito tempo como sendo os mais longos de todos…
Bullets on Parade – é a musica mais introspectiva do disco…é claramente um estado sempre presente…
Bontempi – é a música que fecha do disco, abrindo dessa forma aquilo que possa surgir depois…
Este é o espírito do disco…

6. O que podem esperar as pessoas que te forem ver ao vivo?
Ao vivo, tento sozinho, reproduzir ao máximo o q se passa no disco, onde com o auxílio de uma loopstation, toco uma série de instrumentos, guitarra, vários synths, metalofones, sinos, caixas de música, vozes, brinquedos, omichord, melódica, acordeão, megafone entre outros…Em alguns concertos com logística especial tenho a diana (responsável pelo grafismo do disco) a desenhar em tempo real…e alguns convidados a tocar em alguns momentos…

7. Como vai ser o futuro próximo de Noiserv?
Espero que cresça evolua tal como eu… :)

som “One Hundred Miles from Thoughtlessness” – Noiserv

capa de One Hundred Miles from Thoughtlessness
“One Hundred Miles from Thoughtlessness” – Noiserv (Edição de Autor, 2008)

tipo Alternativo
ouvir www.myspace.com/noiserv
sítio www.noiserv.net
sítio www.youtube.com/noiserv

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.

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