O disco não é novo, a prosa não é nova mas as emoções, essas, renovam-se a cada audição.

Não tinha ainda tido a oportunidade de aqui, dizer algo sobre “Fantôme”. Esse disco de Kafka. Um dos mais brilhantes discos criados em Portugal em 2003. E pessoalmente, um dos mais deslumbrantes dos últimos anos.

O disco vive de um ambiência que se devora, negra, do princípio ao fim, da primeira à ultima canção. “Fantôme” é um disco para mergulhar, devorar, da primeira à última palavra, do primeiro ao último som…

O cuidado, o arrojo, a sobriedade, o risco, a emoção, “Fantôme” devora-se, ouve-se, sente-se, fura pelo peito a dentro, aperta a garganta, sobe ao cérebro e arrepia. Muito.

“Fantôme” é uma experiência, bela, profunda, assustadora, qual fantasma pairando no universo sonoro lusitano. Nada mais tenho a dizer. Ouçam, por favor.

“Fantôme” – Kafka (2003/Opções/BorLand)

01. Intro Das Waltz

02. Legacy

03. Asylum Song

04. Daiz Of Morning Shades

05. Are You Listening ?

06. In Motion

07. Soul Cage

08. Ballerina

09. Vanished Art

10. Millais : Un Modèle Pour Ofelia

11. Pictures Of Klein

12. Silence Lives In Ashtrays

13. Moonjune

Sítio:www.kafka-musik.com/

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.