Voltemos às ‘curtas’ do Verão’09; hoje, com Pedro Leitão, o líder da fantástica netlabel test tube.

Pedro Leitão | 35 anos | Lisboa
Edição: Responsável pelas editoras Mono¨cromática (em stand by) e test tube – netlabel.

01. Um músico de referência:
Para mim, é bem capaz de ser o Rafael Toral. Pelo menos é o músico português de quem tenho mais discos…

02. Um grupo ou projecto de eleição:
Plat|::|form sem dúvida. O projecto dos meus amigos Rui Gato e Nuno Clímaco Pinto. Além de já os conhecer há muitos anos, são dos músicos mais versáteis e criativos com quem já tive a oportunidade de trabalhar.

03. Um disco fundamental:
Acho que vou voltar ao Toral: ‘Wave Field’ de 1995, foi o disco que mais me marcou na altura, em que ainda andava a ouvir discos da cena ‘indie’ e não prestava ainda muita atenção à música experimental feita com guitarras. Um disco soberbo e digno de figurar entre os 100 melhores discos de sempre (para mim).

04. Uma canção ou tema inesquecível:
Estou indeciso entre ‘Estou além’ do Variações e ‘O Amor (Parte I)’ dos Heróis do Mar. São canções que guardo bem na memória dos meus tempos de adolescente.

05. O disco que ultimamente mais o surpreendeu:
Confesso que não tenho comprado muita música portuguesa, mas assim de repente, talvez o último EP do Dj Ride, ‘Beat Journey’.

06. O último disco que comprou: Quando?
Comprado mesmo, foram vários, directamente aos artistas. Mas o último é capaz de ter sido dos Black Moth Super Rainbow, ou do Benge ‘Twenty Systems’. Não tenho a certeza.

07. O disco de 2009 que mais gostou:
Até agora, sem dúvida alguma o dos Clubroot, ‘Clubroot’. Eu que nem sou fanático de Dubstep. Mas este cai que nem mel.

08 O disco que mais o desiludiu:
Talvez o mais recente do Nuno Gonçalves/The Gift. Aquele baseado na Amália. Os arranjos, os beats…está tão mauzinho, tão parolo que até dói. Seria de esperar que aquela malta já fizesse coisas num nível um bocadinho superior.

09. A última boa descoberta:
Um disco que o Ricardo Webbens (Polar, Kringles Cat) me mandou para ser editado na test tube, chamado ‘Analog Mountains’. É bem capaz de ser o melhor disco de Ambient/Experimental português dos últimos quatro ou cinco anos…

10. O último concerto que assistiu ao vivo? Quando?
Foi no dia 27 na Crew Hassan em Lisboa. Motown Junkie (outro amigo e colega activista do Netaudio) ao vivo. Foi bastante bom.

11. O artista ou banda mais importante para a história da música moderna em Portugal?
Pergunta difícil. Talvez o Adolfo Luxúria Canibal, por ter sido a ‘persona’ que mais músicos influenciou nos últimos 15 – 20 anos. Pelo menos para mim é.

12. Um disco que se aconselha; livre e gratuito:
Assim de repente lembrei-me de um da Merzbau: [MERZ0018] Guilherme Canhão – ’86. Muito bom. Andei a ouvi-lo incessantemente durante umas boas duas ou três semanas.

sítio

foto de Pedro Leitão

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.

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