Promovido pela RDP/Antena 3 e com selecção e organização de Henrique Amaro (bem arrumadinha), esta poderá ser porventura uma das mais interessantes compilações da música moderna portuguesa – descontando algum exagero aqui e ali; como acontece com o grunge por exemplo.

01 DA WEASEL, God bless Johnny. (95 mix), o sucesso de sempre, o primeiro; 1994 já lá vai, bem longe é verdade e tão verdinho, também.
02 GASOLINE, Wild motion psychadelica (rythm jesus), balanço, ritmo, festivo q.b.
03 FLOOD, Flood of emotions, tempos de um rock com intenso odor a pérola…
04 BLIND ZERO, Keeping in wonder, na altura não havia dúvidas, era um odor que se prolongava…este mais intenso, ainda.
05 BLOODY MARY, To live, tipo pilhas daquelas que duram e duram, assim numa espécie de copy/paste
06 UM ZERO AMARELO, Game boys, alguma cor, alguma luz, alguma poesia…frutuosa aparição lusa.
07 GOD SPIROU, Infectaram o dia claro, primeira, clara e tampouco infectada experiência sonora…pela mão de Jorge Ferraz.
08 COTY CREAM, Coty vai à bola, “por favor, não abandone o local“; experiências pop feitas de muita luz e loucura.
09 BORIS EX-MACHINA, Classe T, de pianinhos, brincadeiras e programações, embalados pela bela poesia…
10 VILA SOMBRA, Pós lexico, nova revolta no alinhamento ou a reencarnação do rock alternativo…forte e vibrante.
11 RADIOACTIVE MAN, God in wonderland, em tempos chamaram-lhe “trash pop“; mais ou menos isso a necessitar de um empurrão na voz.
12 DAMAGE FANCLUB, Dumb teenage trash, powertrio também ele à volta do lixo, mas ou menos sónico.
13 FORRETAS OCULTAS, Yeah surfing, yeah yeah let´s rock’n’roll…livre e sempre livre!
14 BASEMENT, Dare devil, não suficentemente diabólico…já o conheci mais.
15 CAFÉ BAGDAD, Devil said, o diálogo crescente de uma guitarra e uma voz, uma Sofia e um Ricardo.
16 LOVEDSTONE, Endless curse, o regresso às origens, ao timbre inicial; sonoramente bem esgalhado.
17 LULU BLIND+FACTOR ACTIVO, Cor da minha pele, excelente casamento!
18 YOLK, Far above the clouds, superior, etéreo, onírico, excelente, também.
19 RAFAEL TORAL, Creamy burst, o supremo esguicho, final; 35 segundos para fechar a porta. Duro.

Ouvir 20 segundos de todos os temas da compilação.


“100% Antena 3” – Vários Artistas (1996/Música Alternativa)

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.