O disco chama-se “Mt. Erikson” e é o álbum de estreia dos Iconoclasts. Junto segue a chapa 7 aplicada à banda lisboeta!

Porquê o nome Iconoclasts?
É um nome que para nós traz uma certa dualidade. Se por um lado não nos consideramos iconoclastas no sentido de destruir ou deitar abaixo ícones, por outro mantemos sempre presente a necessidade de abater barreiras e fugirmos ao convencional. Mas acima de tudo é um nome que não deve ser levado à letra.

Numa frase apenas, como caracterizam o novo álbum?
O “Mt. Erikson” é um olhar crítico ao crescimento individual, às memórias de infância, aos erros da adolescência, à aprendizagem de que afinal nem tudo está ao nosso alcance e é paralelamente o amadurecimento de uma banda que escureceu e aperfeiçoou a sua música.

Em relação ao vosso EP de 2009, acham que há no novo disco um ideia de viragem ou é mesmo um disco de continuidade? Que principais diferenças encontram?
Há continuidade e há um ponto de viragem. Quem conhecia o EP e ouve o nosso álbum agora, reconhece-nos. Somos as mesmas pessoas a fazer música e como tal, não seria sequer possível não deixar a nossa marca em qualquer composição. A continuidade vem daí. Não mudámos o registo, mas levámo-lo a sítios mais escuros.
Foi um ponto de viragem quando isso aconteceu, quando tomámos a música como muito mais introspectiva. Tanto a nível instrumental como lírico.

A mensagem é importante para os Iconoclasts? O que pretendem transmitir?
Não temos uma única mensagem. Vamos tendo várias, com cada tema. E o que pretendemos transmitir (com o “Mt. Erikson”) são momentos com que qualquer pessoa se pode identificar. E esperamos que assim aconteça.

Em apenas 3 anos, passaram de um trabalho a dois e à distância, utilizando a Internet, para um trabalho de banda, a seis; venceram o Termómetro este ano; tiveram airplay em várias rádios e foram mencionados em revistas da especialidade. Que balanço fazem dessa evolução? O que mudou no vosso dia-a-dia?
Foi precisamente isso que foi mudando no nosso dia-a-dia. Primeiro a banda tinha duas pessoas, depois três, quatro, seis… Depois começámos a contactar com outras bandas para arranjar concertos… Com produtores e masterizadores, com editoras…
Com o termómetro veio o contacto de agentes, media, radialistas…
E à medida que isto foi acontecendo, fomos conhecendo cada vez mais pessoas a ouvir a nossa música e a vir aos concertos.
Foi um processo muito natural e feliz que, embora ainda por terminar, nos ensinou muito sobre como lidar com a industria musical nacional.

O que podem esperar as pessoas que vos forem ver ao vivo?
Podem esperar 6 pessoas que ao combinarem as suas energias em palco, acabam por dar concertos sempre emocionais e uma entrega enorme. Temos sempre a preocupação de dar o melhor espectáculo possível, para que o público possa sentir parte do que se passa à sua frente.

Como vai ser o futuro próximo dos Iconoclasts?
Vamos continuar a levar o álbum a todos os palcos possíveis, a vários pontos do país.
E enquanto isso vamos estar sempre à procura de coisas novas, seja a compor mais ou a procurar novas formas de promover o disco. O mais certo é que não vamos ficar parados.

Ouvir Iconoclasts

Mt. Erikson
Iconoclasts “Mt. Erikson” (Edição de Autor, 2011)

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By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.