“Onde Mora o Mundo” ou quando um mais um é muito mais do que dois…
E não é sequer difícil imaginar que o resultado desta simples equação é fruto da mestria com que JP Simões escreve e interpreta e da convicção com que o multi-instrumentista – geralmente guitarrista – Afonso Pais se expressa enquanto arranjador. Se foi bem pensado, muito melhor executado foi, não tivesse a dupla sido acompanhada na gravação por enormes executantes como Carlos Barretto (contrabaixo), Alexandre Frazão (bateria), Jorge Reis (saxofone alto), Tomás Pimentel (fliscorne), Luís Cunha (trombone, “Eb Horn” e flauta) e Guto Lucena (flauta em sol e flauta baixo). O andamento é quase sempre pausado, como que enfeitiçado por uma musicalidade ora vergada por uma clara paixão pela MPB, ora embeiçada por uma veia quase sempre mais jazzística. Depois, caímos enredados pelo carisma da voz de JP Simões, por aquelas palavras onde o sol pouco paira. É aí que mora o mundo. É um mundo feito de canções; sérias e a sério.
Enfim, um grande disco, gizado por dois grandes músicos. Devia bastar.
Afonso Pais e JP Simões – “Onde Mora o Mundo” (Orfeu, 2011)
01 Dorinha (Pequena Dor)
02 Onde Mora o Mundo
03 Caro Comparsa
04 A Marcha dos Implacáveis
05 Conversa de Esquina
06 Vociferoz
07 Falsa Valsa
08 Nada Vezes Nada
09 Mais Uma Aurora
10 Voltar a Ítaca
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