Não era fácil entender o que poderia acontecer quando um espanhol (Guillermo de Llera) e um suíço (Jorge Felizardo) se juntaram em Cascais para formar uma banda em Portugal. A banda formou-se e está por aí.
Um dos discos do ano em 96, “Alternative Prison” marca definitivamente o seu tempo (não muito longíquo é um facto) pela positiva. Cocktail explosivo feito de ska, reggae, punk, funk, hip-hop, hard-core e eu sei lá mais o quê, o som dos Primitive Reason é uma enorme festa feita de sons, influências e experiências sem fim. Pouco ou nada se repete e a cada tema que passa a reivenção dá-se numa enorme fusão. “Alternative Prison” foi uma surpresa marcada especialmente pela originalidade do cocktail preparado. Pela verdade.
Os dados estavam lançados. Os Primitive Reason demarcavam-se essencialmente por um mundo musical muito próprio criado à sua volta, um mundo musical afastado de preconceitos, composto por um leque de temas incrivelmente sonoros, arrebatadores e agitadores. Sendo o primeiro dos quatro álbuns de Primitive Reason, e não sendo até o mais perfeito é sem dúvida o mais marcante. O primeiro…
Disco jovem, cru como a vida, vivo como o sonho, que se mantém…


“Alternative Prison” – Primitive Reason (1996/União Lisboa)

01 The Mind
02 Bobo Grey
03 Hipócrita
04 Born From Fear
05 Seven Fingered Friend
06 Thoughts, pen and paper
07 The X in X
09 So You Say
10 Obsession
11 Hey Mam
12 Sancaro
13 Devil in June

Sítio: www.primitivereason.com

By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.

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