Ao terceiro álbum, somos claramente assaltados por uma certeza: que podem ser muitos por esse mundo fora, quem sabe, mas em Portugal, são genuinamente únicos. E a razão é muito simples, chama-se “Drunken Sailors & Happy Pirates”, o álbum conceptual que os a Jigsaw nos ofereceram em 2011. E é uma razão sustentada pela forma calorosa como a música e as palavras se abraçam, nos abraçam, naquela incessante procura e construção da identidade de cada um; pelos maravilhosos arranjos criados com base no cruzamento de uma infinitude instrumental – de teclas, percussões e cordas; pela voz mais madura de João Rui, responsável pelo sussurrado intimismo que atravessa o disco. E não estamos sequer a descobrir a pólvora, longe disso, choveram já palmas por essa Europa fora para a arte do trio multi-instrumentista de Coimbra. Uma arte que continua com raízes bem firmes em nomes e terras do continente norte-americano. As mesmas raízes que posteriormente se desenvolvem, voam, navegam, raízes que em pouco tempo nos abraçam no nosso canto com o seu indie-folk aconchegante e colorido com cores que são também nossas. “Drunken Sailors & Happy Pirates” é um disco que é um tesouro; brilhante.
a Jigsaw – “Drunken Sailors & Happy Pirates” (Ed. Autor, 2011) | INDIE FOLK | Ouvir “Drunken Sailors & Happy Pirates”
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