Da mesma forma que os dias correm uns atrás dos outros, diferentes, também as sensações que se procuram, por aí, divergem; um pouco como as diferentes tonalidades que dão côr à música que nasce por cá. Anteontem, parei-me em Alexandre Soares e Jorge Coelho, ontem, foi um regresso às Ficções; tanta e tanta coisa há para descobrir por aqui. E não, não é ficção, é a mais pura realidade.
Grupo formado em Lisboa em 1998, liderado por Rui Luís Pereira (Dudas), os Ficções tiveram na sua história já múltiplas formações. Nessa história, “Ocidental Praia” é exactamente o terceiro disco, um registo lançado em 2001 numa edição de autor; depois de “Aqua” (PolyGram, 1992) e “Zambra” (PolyGram, 1995). Neste disco, Rui Luís Pereira (guitarra e alaúde) fez-se acompanhar de João Paulo (piano), Perico Sambeat (saxofone e flauta), Yuri Daniel (baixo) e Alexandre Frazão (bateria). Para já e sendo responsável por toda a composição do disco – excepto o 3º tema, Rui Luís Pereira oferece-nos uma praia absolutamente mágica.
A referência ao Jazz é quase um acaso; de outra forma, ele é o ponto de partida para o todo da obra dos Ficções. É esse Jazz o veio de transmissão, é ele que encaminha este disco para a maravilhosa experiência de fusão que é. São deambulações pelo mundo que preenchem esta praia; um salto ao norte de África, uma afago forte às nossas raízes ibéricas, um beijo ao mundo oriental, às Américas; tudo com um bom gosto assustador. Tudo com arrojo, numa espécie de fuga para a frente, centrada numa vontade indomável de experimentar, de criar, apenas sonhar. Um banho no espírito da mestiçagem. Naturalmente, às belíssimas composições de Rui Luís Pereira, o quinteto responde com a competência que se lhe reconhece; coisas de músicos com história.
“Ocidental Praia” é algo a descobrir, sempre. De uma inspiração étnica simplesmente vibrante! Magnífico.
Grupo formado em Lisboa em 1998, liderado por Rui Luís Pereira (Dudas), os Ficções tiveram na sua história já múltiplas formações. Nessa história, “Ocidental Praia” é exactamente o terceiro disco, um registo lançado em 2001 numa edição de autor; depois de “Aqua” (PolyGram, 1992) e “Zambra” (PolyGram, 1995). Neste disco, Rui Luís Pereira (guitarra e alaúde) fez-se acompanhar de João Paulo (piano), Perico Sambeat (saxofone e flauta), Yuri Daniel (baixo) e Alexandre Frazão (bateria). Para já e sendo responsável por toda a composição do disco – excepto o 3º tema, Rui Luís Pereira oferece-nos uma praia absolutamente mágica.
A referência ao Jazz é quase um acaso; de outra forma, ele é o ponto de partida para o todo da obra dos Ficções. É esse Jazz o veio de transmissão, é ele que encaminha este disco para a maravilhosa experiência de fusão que é. São deambulações pelo mundo que preenchem esta praia; um salto ao norte de África, uma afago forte às nossas raízes ibéricas, um beijo ao mundo oriental, às Américas; tudo com um bom gosto assustador. Tudo com arrojo, numa espécie de fuga para a frente, centrada numa vontade indomável de experimentar, de criar, apenas sonhar. Um banho no espírito da mestiçagem. Naturalmente, às belíssimas composições de Rui Luís Pereira, o quinteto responde com a competência que se lhe reconhece; coisas de músicos com história.
“Ocidental Praia” é algo a descobrir, sempre. De uma inspiração étnica simplesmente vibrante! Magnífico.
Ouvir alguns sons dos Ficções
“Ocidental Praia” – Ficções (Edição de Autor, 2001)
01 Dança da Lua
02 Fado (aqueles olhos claros)
03 Cantiga nº181
04 Duetos
05 Ocidental Praia
06 Al Mutamid
07 Mil e uma noites – para Adalberto Alves
08 Mandrágora
09 Tambor Falante – dedicado a África
10 Zanzibar
11 Tal Pai, tal Filho (I)
Fusão/Jazz
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