Em vinil, cor de marfim; foi assim que Ju-Undo – também Joana da Conceição – e Símio Superior – também André Abel, munidos da sua parafernália electrónica e várias guitarras, pensaram o seu último e superior disco. No seu alinhamento constam apenas três temas: “Tronco Nu” está no lado a, “Zona do Bicho” e “Poço da Morte” estão no lado b. Apenas três.
Sobre o seu interior, o âmago, esqueçamos qualquer ideia de conformismo ou seguidismo cego; a Tropa Macaca está de regresso e ao seu melhor nível. “Marfim” é absolutamente revelador dessa realidade; minimal, num movimento elíptico, positiva e negativamente ascensorial, “Marfim” é um registo maquinal, por brevíssimos momentos cortado por ventos em contramão. Poucas vezes o calcorrear da agulha pelo filamento do vinil pareceu tão forte, vinculado, algo de quase embrionário numa vontade noise que trespassa todo o disco. Denso. Intenso.
Deixem passar mais uma acutilante experiência do experimentalismo nacional.
Ouvir uma amostra de “Marfim”.
“Marfim” – Tropa Macaca (Ruby Red, 2007)
Experimental
tropamacaca.tripod.com
www.freewebs.com/rubyredlabel
[…] de proa do experimentalismo nacional. Algo de e com futuro; mesmo. Depois do fantástico “Marfim” (Ruby Red, 2007), e com o 7” “Fazer Chuva / Fazer Sol” (Rafflesia) já […]