By Rui Dinis

Rui Dinis é um pai 'alentejano' nascido em Lisboa no ano de 1970, dedicado intermitentemente desde Janeiro de 2004 à divulgação da música e dos músicos portugueses.

7 thoughts on “BEM SECAS SE FAZ FAVOR|Choldra com os gatunos!”
  1. Nem é preciso esclareceres Ricardo, é como disse em cima: “Cada um com a sua…”. Se bem que a lei parece também querer dizer alguma coisa…com a demora na resposta.

    Desculpa Manuel, mas o teu comentário ficou preso no SPAM :(…
    …e escusado será de dizer que assino por baixo!!

  2. eu esclareço, colocando por ordem crescente a seriedade do crime:

    1º sacar músicas para consumo próprio
    2º disponibilizar na net essas músicas gratuitamente
    3º vender essas músicas

    é tudo crime. mas claro que deve ser punido.
    da mesma maneira, um homicídio e um assalto devem ser punidos de forma diferente. mas são ambos crimes.

    é verdade. as leis, tanto neste campo como em quase todos os outros, está bastante rasca. ha que actualizar e especificar, mas não para despenalizar esses crimes.

  3. Roubo é roubo, mas ao olho da lei estamos a falar de coisas com pesos bem diferentes. E é sobre a lei que estamos aqui também a discutir.
    Estas questão são sempre discutidas com alguma ‘largura de banda’ e muitas vezes com alguma leviandade já que não se diferencia o tipo que vai vender os CD’s para a feira do outro que os disponibiliza na rede sem fins lucrativos e ainda do outro que os saca da Internet. Na verdade, quando falam em ‘piratas’, nunca sei bem de quem estão a falar, Sendo situações diferentes, parece-me incorrecto colocar tudo no mesmo saco. Não me parece, pelo menos, uma abordagem séria desta questão. Se para os primeiros não parece haver qualquer dúvida quanto ao tratamento a dar, já quanto às outras situações a própria lei não é ainda muito clara – nem adequada. É uma lei obsoleta, impreparada para esta nova realidade social.
    Na verdade, se eliminarmos as posições mais radicais nesta discussão, de um lado e de outro, o que mais me/nos chateia mesmo é o preço que temos de pagar por alguns discos – no qual se inclui a vergonhosa taxa de IVA que se paga. Conhecendo os preços de produção, não deixa de ser estranho que os artistas não se ‘revoltem’ mais, ou procurem outras soluções, tal o pouco dinheiro que geralmente recebem por cada disco vendido. Estranha-se que não se importem que a maior parte do lucro resultante do seu trabalho artístico vá para as editoras, distribuidoras, lojas e afins. Isto sim, é um roubo, quanto mais não seja moral. A maior diferença deste para o outro é que este não é ‘crime’. Mas isto já não interessa nada.
    Bye Bye

  4. Acho que ao ToZé Brito, pela idade e experiência que tem no meio musical, deveria ser exigida mais contenção nos termos utilizados e sobretudo que pense antes de falar, dado que a comparação é um absurdo completo. Aliás, essa analogia do carro já surgiu em campanhas anteriores e não acrescenta nada de novo em termos criativos. Para quem defende artistas, voltar à mesma lenga-lenga revela um vazio completo de ideias. Explico então.
    Se me roubarem o carro, eu fico sem ele e ando a pé. O carro é um bem material. Se eu for um músico com um trabalho editado e fizerem um download na internet, as pessoas ficam apenas com meia dúzia de ficheiros comprimidos em mp3, mas não roubam uma cópia física de uma edição e, portanto, não roubam o CD, a embalagem e o artwork do disco. Mais: nada me garante que quem faz download deixe de comprar o disco ou sequer que o fosse comprar se não fizesse download. Por fim, e mais importante, uma cópia de um disco não é um roubo da propriedade intelectual. Da mesma forma, se eu fizer cópias do “Grito” não estou a roubar o quadro do Edvard Munch. Já se me roubarem o carro… boa noite.
    Tenho um imenso respeito pela propriedade intelectual dos artistas e gostava que não me interpretassem mal. Eu não defendo o download ilegal (longe disso), mas também por ter respeito pelo trabalho dos autores, gostava de saber qual a opinião do ToZé Brito sobre o facto de, de entre todos os agentes envolvidos no meio musical, serem os autores aqueles que menos recebem. Isso pode-me levar a pensar que os argumentos do ToZé Brito defendem outros interesses e não passam de demagogia.
    Digo eu, não sei…

    Abraço,
    Manuel Melo
    http://www.sinfonias.org

  5. Roubo é roubo, quer seja um carro, uma música, um telemóvel ou dinheiro. É simplesmente crime.
    O caminho que ele utilizou foi o de esclarecer isso, já que as pessoas tendem a olhar para o outro lado e chamar ladrões aos autores.
    Não achei nada desproporcionada.

    ba bye

  6. Claro que sim, Ricardo. Não se quis dizer o contrário. Desproporcionada parece-me a comparação; o caminho utilizado.
    Já agora, quando começares a ofereceres carros, não te esqueças de mim ;)
    Abraço

  7. se eu quiser oferecer carros às pessoas, estou no meu direito….da mesma maneira que o New Max está no seu direito de oferecer o seu álbum.
    Devemos respeitar quem não quer oferecer os seus álbuns e quem não quer oferecer os seus carros.
    O que é meu é meu, e decido o que fazer com a minha propriedade. Se a dou, alugo, vendo, destruo, etc.
    Ninguém é obrigado a comprar cds. Mas são obrigados a respeitar a liberdade dos autores.

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