O peso. Não engana, o Dealema Ex-Peão criou um disco sonoramente algo pesado – mesmo que não acredite. Com as devidas distâncias, dentro do género, “Máscara” é um disco musicalmente pujante, vergado ao poder demolidor da maquinaria disponível. O beat é quase sempre bem musculado, roçando uma certa ideia de industrial. Grande onda.
Emocional (energia interior e peso emocional)
O rap. A atitude costumeira está lá. É rap, é a imagem pura e dura de um dos históricos do hip-hop tripeiro e nacional. A escrita de Ex-Peão é directa, concisa, coerente e crítica, discorrendo sobre política, o social e acabando enredado nas malhas do amor. As participações de Mundo, Ace, DJ Guze, Doink, Maze, Fuse, Marta Ren e Simonal, entre outros, ajudam a colorir esta “Máscara”.
Intelectual (simbolismo e criatividade)
A experiência. O conceito experiencial inerente a esta “Máscara”, torna o disco numa interessante ideia rap, diferente, menos óbvia, capaz de se lançar por outras abordagens de estilo, principalmente instrumentais; no fim, sobra a poesia, a rima, a energia geral. Primeiro álbum a solo de Ex-Peão, “Máscara”, foi produzido, gravado e misturado pelo próprio no seu estúdio caseiro. Boa experiência.
Ouvir o single “Bairro”. Ouvir mais 5 excertos de “Máscara”.
Estados
“Máscara” – Ex-Peão (Banzé, Compact, 2006)
Rap