Duro e explícito. À terceira faixa ouve-se Hugo Chávez gritar que há que ser “radicalmente revolucionário, radicalmente humanista, radicalmente comprometido con la vida y co los pueblos”; são os 15 segundos que marcam a forma de ser e estar de Valete durante as 16 faixas deste “Serviço Público” – mais à frente, Fidel Castro e Che Guevara aparecerão também. Agressivo quanto baste – goste-se ou não de hip-hop, não é possível ficar indiferente a este “Serviço Público”. Não é.
Emocional (energia interior e peso emocional)
Ferozmente underground. Se “Educação Visual” de 2002 foi uma surpresa, preparem-se pois “Serviço Público” é uma certeza. Verdadeiramente demolidor. Da primeira à última faixa, o arrepio é forte e constante tal a dureza e crueza da lírica de Valete. Marcadamente político, interventivo, de rima felina e socialmente activo, “Serviço Público” é um grito de raiva. Um grito de alerta.
Intelectual (simbolismo e criatividade)
Educação e consciência em 16 laivos de revolta. Os instrumentais produzidos por Conductor e Sam the Kid fazem o resto; sem invenções de monta, complementam com classe a lírica milimétrica e metafórica de Valete. Fortemente emocional, fortemente empenhado….
Ouvir alguns sons de “Serviço Público”.
Estados
“Serviço Público” – Valete (Horizontal Records, Footmovin’, 2006)
Hip-Hop
www.horizontalrecords.com
www.footmovin.com