1. Numa frase apenas – ou duas – como caracterizam conceptualmente o álbum “40.02”?
Não creio que exista um conceito por de trás destas dez músicas; são as músicas que fazem sentido para nós neste momento, tendo como ponto de partida a(s) nossa(s) forma(s) de compôr música. O próprio nome do álbum 40.02 reforça essa ideia: são os 40 minutos e 2 segundos de música que queremos apresentar neste momento.
2. “40.02” é vosso álbum de estreia; como correram as gravações? Como ‘aparecem’ nele os vossos convidados?
As gravações correram de forma calma e cuidada, em parte na nossa sala de ensaios, mas também em estúdio. É importante para nós termos a possibilidade de fazer as coisas com tempo, de modo que tudo possa ficar o mais próximo possível das nossas expectativas e também para dar largas a alguma experimentação.
O Duarte Estelita já tinha participado na nossa maquete “Finjo a fazer de conta, feito a peixe : avião”, no tema “Atiro ao alvo”, que agora regravámos para o album. Quanto à Ana Deus, foi um pouco mais complexo. Definimos alguns critérios em relação a possíveis participações no album e o nome dela fez bastante sentido para todos nós, pela sua voz e pelo seu contributo para a música pop portuguesa. Fizemos-lhe o convite, ela aceitou-o prontamente, e no momento de ir para o estúdio, tudo correu muito bem.
3. Este foi um disco feito a pensar no público que vos ouve? Que expectativas têm em relação à sua aceitação?
Pensamos que o álbum contém músicas suficientemente variadas para chegar a um público relativamente alargado. Acima de tudo fazemos as músicas para nós próprios e, uma vez que dentro da própria banda existem diferentes sensibilidades musicais, talvez isso seja suficiente para garantir essa variedade. A nossa maquete criou algumas expectativas e sabemos que conseguimos chegar já a um número razoável de pessoas, por isso o nosso objectivo é agora continuar a alargar esse público.
4. Que sensações esperam que as pessoas retirem da audição do novo disco?
Tanto a poesia, como a música que a suporta, são abertas a serem interpretadas e/ou sentidas de forma diferente por cada pessoa que as ouvir. Talvez esse seja o motivo porque as pessoas se podem relacionar tão facilmente com elas. A nossa música é bastante abstracta e as letras são metafóricas, por isso, sem dúvida existe bastante espaço para que cada um construa a sua própria forma de se relacionar com este álbum.
5. Se tivessem que escolher a faixa que melhor encarna o espírito do novo disco, qual escolheriam? Porquê, mais sucintamente?
Não é possível responder a essa pergunta facilmente, nomeadamente, em face da resposta à pergunta anterior. Em cada momento, e para cada pessoa, existe, provavelmente, uma resposta diferente.
6. O que podem esperar as pessoas que vos forem ver ao vivo?
As mesmas músicas, mas com a energia própria de uma actuação ao vivo.
7. Como vai ser o futuro próximo dos peixe : avião?
Vamos dar concertos para promover o nosso album, tentando levá-lo ao maior número possível de pessoas.
“40.02” – peixe : avião (Rastilho Records, 2008)
Indie
peixeaviao@gmail.com
www.rastilhorecords.com
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só vos digo uma coisa caros leitores da trompa.. ninguém sabe o que perdeu em não ter ido ver o concerto de estreia do álbum ao teatro circo.. foi simplesmente brutal.. por isso tenho meia dúzia de palavras para quem não foi: toca a ir aos outros concertos e comprar o álbum e tantos outros que possam vir de futuro, que esta cena bate e não é pouco..
Grande disco e grande banda. Para eu também entrevistar em breve.
Parabéns aos rapazes.
Abraço,
Manuel Melo
http://www.sinfonias.org