“Só não vê quem não quer: cerca de 95% da música produzida por cá vagueia entre o medíocre e a nulidade total. Num ano particularmente generoso, há dois ou três discos realmente superlativos e mais cinco ou seis dignos de atenção, não mais do que isso…” (Fonte: Op, #16, pág.7)
Eu quero muito e não vejo. Bem sei que é apenas uma opinião, respeitável como todas as opiniões, mas dado o exagero da afirmação, para mim, obviamente, não a poderia deixar passar em claro sem aqui deixar uma pequena nota. Se há partes da sinopse com que até concordo, nunca conseguiria entender no entanto a percentagem lançada quase de forma gratuita – bem sei que cada um afina pela sua bitola: 95%?
Claro que nem tudo o que se edita em Portugal é bom, médio até (infelizmente edita-se muita coisa pouco interessante) e nem Portugal é o centro mundial da criatividade musical, agora, afirmar que “95% da música produzida por cá vagueia entre o medíocre e a nulidade total” parece-me realmente um grande exagero. Enorme. Afirmar que em 300 discos editados apenas 15 ultrapassam a barreira do medíocre ou da nulidade total, parece-me realmente um grande exagero. Parece-me. Ou não se conhece ou não se consegue conhecer…ou não se quer?
Parabéns pela excelente revista.