É desconcertante; mais ainda bem! – com alguma ironia.
O disco homónimo da nova girlsband – era óbvio, eu sei – nascida no viveiro dos “Morangos com Açucar”, vai já na sua tripla platina em apenas 5 semanas; melhor que as duplas platinas de Jorge Palma em 26 semanas, Mafalda Veiga e João Pedro Pais em 33 semanas, o Avô Cantigas nas mesmas 33 semanas e José Afonso em 34 semanas.
Genericamente, falamos de 60.000 exemplares distribuídos por esses hipermercados fora – e eu disse distribuídos; e em casa, verdadeiramente adquiridos, quantos serão? Permitam-me voltar a esta conversa sempre tão, tão aborrecida…e não tem nada a ver com as garotas. É o sistema.
> Just Girls
É um voltar à vaca fria, bem sei e bem me custa. Mas é que é mesmo irritante. Não há paciência…
É, estas coisas já cansam. Só não cansam mesmo os circuitozinhos habituais por onde isto flui. Por acaso… isto até é um produto TVI, caso contrário lá tínhamos a Maya (é assim que se escreve não é?) a falar nisto na Tortura Cor de Rosa e a dizer que as raparigas têm imenso talento e fartam-se de trabalhar. Eu não sei quem são as mocinhas nem vejo a Tortura, mas contam-me o que lá se passa. Atenção: à hora da Tortura dá o Seinfeld na SIC Radical e aqui o cota, enquanto cozinha algo à pressa para voltar ao trabalho, aproveita para ver as desgraças do quarteto mais invulgar de Nova Iorque. Mas se não desse o Seinfeld eu estaria a ver o Ruca ou o Bob a trabalhar com o Lagartas. A Tortura ou as choraminguices da TVI com as velhinhas e os paralíticos – e a música de fundo digna de uma novela venezuelana – não me convencem. Até porque são provenientes das mesmíssimas máquinas que produzem estas Just Girls. A única coisa que desejo é que as miúdas ganhem algum dinheirito, porque quanto ao futuro, espera-as um lugar no esquecimento a curto-médio prazo.